terça-feira, 4 de maio de 2010

Lojas que Oferecem Produtos Grátis em Troca de Opinião Chegam a SP

Lojas que oferecem produtos grátis em troca de opinião chegam a SP
Primeiro modelo será inaugurado em maio; outra franquia abre em junho.
Consumidor paga anuidade simbólica e deve preencher questionários.


 Sample Central será na Rua Augusta; clube Amostra Grátis ficará na Vila Madalena (Foto: Divulgação)

Entrar em uma loja e comprar produtos novos, que acabaram de ser lançados no mercado ou em fase de reformulação normalmente é uma experiência conflitante. Apesar da excitação com o novo, sempre há o receio de que o item possa não funcionar para suas necessidades – além do custo embutido. A partir deste mês, em São Paulo, essa experiência se tornará mais fácil com a abertura de duas lojas que oferecerão produtos gratuitos aos consumidores ao custo de uma anuidade simbólica – em troca apenas da opinião de quem o levou para casa.

O primeiro a abrir as portas será o Clube Amostra Grátis. Nele, o consumidor, após pagar uma taxa anual de R$ 50 para se cadastrar, pode adquirir até cinco produtos por mês – entre roupas, calçados, bolsas, alimentos, bebidas, cosméticos, produtos e entretenimento, entre outros. Em casa, eles têm até sua próxima visita para responder a um questionário pela internet.

Eletrônicos e outros produtos de valores mais altos podem ser testados na loja. Preencher o cadastro deles – em casa ou no próprio estabelecimento – rende pontos que podem aumentar o limite de retirada no futuro. “É um modelo de negócios que estava faltando em São Paulo. A pessoa leva o produto para casa como um todo, não vê só a amostra”, diz o empresário Luiz Gaeta, um dos donos do negócio. Os futuros “sócios” do clube já podem fazer seu pré-cadastro pela internet – a loja abre oficialmente no dia 11 de maio.

Com previsão de abertura no fim de junho, a Sample Central, franquia de uma rede japonesa, também já está em fase de pré-cadastramento. Nela, os clientes pagarão uma taxa de R$ 15 por ano para levar, em cada visita, cinco produtos com valor até R$ 100 cada um – neste caso, são permitidas visitas diárias, de segunda a sábado. A variedade de produtos é a mesma do Clube Amostra Grátis, e eletrônicos também devem ser testados na loja.

Com maior possibilidade de visitas, o prazo para o preenchimento do questionário com a opinião sobre o produto é menor – de cinco dias corridos. No caso da Sample Lab, entretanto, o foco maior são produtos novos – a serem lançados ou que acabaram de chegar ao mercado. “Acho que a pessoa tem três motivos para participar: procurar o grátis, ter acesso a lançamentos e ajudar a marca a construir um produto melhor”, explica o publicitário João Pedro Borges, um dos sócios da franquia, que tem como parceira o Ibope na validação das pesquisas.

Apesar de as duas lojas levarem o conceito de “amostra” no nome, ambas oferecem produtos em seu tamanho original. E mesmo com semelhanças em sua essência – nas duas é preciso ser cadastrado para participar – os dois modelos apresentam diversas diferenças, como localização e acesso aos produtos. Confira abaixo as principais.

Com hora marcada
Assim como na matriz japonesa, na Sample Central é preciso marcar horário para entrar na loja e escolher seus cinco produtos. “Queremos garantir que a experiência de consumo seja boa. Cada pessoa pode ficar um período de até uma hora dentro da loja, e podemos atender até 70 clientes ao mesmo tempo”, explica Borges. Entretanto, se a pessoa não tiver agendado o espaço, mas for cadastrada, pode entrar se houver horário disponível no momento procurado.

Dentro da loja, o consumidor irá encontrar até 150 itens diferentes. Já em casa, após utilizar o cosmético, provar a bebida ou usar o calçado retirado na loja, o consumidor deve acessar seu cadastro no site da Sample Central e responder um questionário para cada produto – com seis a dez perguntas fechadas e uma aberta, optativa. A loja será montada na Rua Augusta, próximo à Avenida Paulista – para garantir acesso fácil e presença de clientes em todos os horários ao longo do dia.

Caso consiga um novo horário para voltar antes de cinco dias – prazo para preencher os questionários – o cliente precisa ter respondido ao menos um para ter suas “compras” liberadas novamente.

Sem hora marcada
Por permitir a retirada de apenas cinco produtos por vez – em até cinco visitas – o acesso ao Clube Amostra Grátis é mais livre, sem necessidade de agendamento. “A pessoa pode ir quando estiver livre, tiver um intervalo em seus compromissos”, diz Gaeta.


Os empresários Denis Shimada e Luiz Gaeta, do Clube Amostra Grátis, com os produtos que estarão na loja (Foto: Juliana Cardilli/G1)

Entretanto, a ideia é direcionar o negócio para um público mais restrito, para garantir o atendimento. Segundo o empresário, a procura pelo pré-cadastro está acima do esperado – e os cadastros podem ser interrmpidos quando chegarem a 20 ou 30 mil clientes, dependendo de como ficará o atendimento.

Gaeta acredita que será possível atender até 250 pessoas ao mesmo tempo, com acesso a uma média de 150 itens diferentes. Ele ressalta que o foco, para as empresas, não é oferecer produtos quase de graça – e sim melhorar a relação com os clientes. “Para o fabricante interessa a resposta, o retorno do cliente”, explica. A loja será aberta na Vila Madalena.

Incentivos
Como o grande negócio dos projetos é produzir opiniões dos consumidores para as grandes marcas, as duas lojas aplicam punições para a falta de questionários – e incentivos para sua resposta completa.

No caso da Sample Lab, ter questionários pendentes depois do prazo diminui o número de produtos que podem ser retirados na próxima visita – duas pendências, por exemplo, reduzem as retiradas de cinco para três itens. E se a pessoa acumular dez questionários sem preenchimento em um ano, o cadastro é cancelado. Fazer tudo dentro dos prazos rende pontos, que aumentam as vantagens do cliente ao longo do tempo.

No Clube Amostra Grátis, o esquema é mais restritivo – apenas um questionário pendente já impede a retirada de qualquer produto na visita seguinte.

Para incentivar a presença na loja – e com isso, garantir mais empresas interessadas no negócio –, as duas marcas apostam na experiência de consumo livre. “É diferente da loja tradicional, que tem vendedor que fica atrás do cliente”, diz Borges. “Na gôndola não tem publicidade, a embalagem do produto já é a propaganda. Também não tem preço – a pessoa escolha o que quiser, sem se preocupar com isso”, afirma Gaeta.

As duas lojas compartilham apenas duas restrições: não serão oferecidos cigarros entre os itens expostos, e bebidas alcoólicas só serão liberadas mediante a apresentação de documento de identidade.

Fonte

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Consumidor Virtual - Formador de Opinião

Na internet, consumidor forma sua opinião. E pode até mudar de ideia.

Mais de 90% dos internautas pesquisam na web antes de comprar um produto ou contratar um serviço. Este é um dos números de estudo divulgado pela empresa de pesquisas TNS Research International. E a influência do consumidor no processo de compra não para por aí.

O boca-a-boca digital marca a sua presença: 76% dos entrevistados procuram dados em fóruns ou blogs, 50% deles já chegaram a mudar sua opinião sobre uma compra ao encontrarem uma opinião negativa e 28% fecharam a negociação baseados no relato de outros consumidores.

No relatório, intitulado “Decodificando as Necessidades Digitais”, a TNS alerta que a internet é um espaço cada vez mais estratégico na ampliação de visibilidade de empresas e marcas. Ao mesmo tempo, constata que muitas companhias não sabem como atuar junto aos consumidores da web.

Realizada em janeiro, a pesquisa entrevistou mil usuários da web de ambos os sexos, com idade de 16 a 35 anos, residentes nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Salvador (BA).

E-commerce no radar

Segundo o levantamento, o porcentual dos que usam a internet para pesquisar sobre produtos e serviços antes de comprar ou contratar é de 92%. Para estes, as principais fontes são os sites de e-commerce e os serviços de comparação de preços na web.

O uso prioritário da rede para visualização de e-mails faz parte do perfil de 99% dos entrevistados, seguido pelo uso de redes sociais (93%) e serviços de mensagens instantâneas (92%).

Os dados da TNS Research ajudam a entender as principais atividades dos internautas em cada um dos principais segmentos de interação online (blogs, sites, fóruns, redes sociais e entretenimento) e quais são as implicações disso para o setor de marketing.

O uso das redes sociais como veículo para compartilhar de informações (43%), por exemplo, pode ser explorada por campanhas de marketing viral. É o caso da campanha de lançamento da operadora Aeiou: em 2008, a empresa gravou um vídeo promocional com algumas figuras populares do YouTube.

Interessados em divulgar a nova aparição de cada um dos personagens, anteriormente conhecidos por alguma situação interessante ou engraçada, os próprios internautas divulgaram entre si a marca da empresa.

Para as companhias que querem explorar esse potencial, a gerente da área de consumo da TNS, Ana Sequeira, avisa: a interação da empresa com a comunidade online deve ser sutil e não invasiva.

Fonte

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O Raio X do Consumidor Brasileiro

Como muitos sabem, estive afastada do blog por motivos profissionais. Estava em São Paulo, em viagem pela empresa e retornei na última quarta-feira, dia 07/04.
Desejo, com atraso, uma Feliz Páscoa e com prévia um ótimo final de semana a todos que visitam o blog.

O Raio X do Consumidor Brasileiro
Por Marcelo Brandão

Pelo 5° ano seguido o consumidor brasileiro foi alvo do Observador, uma pesquisa que mensura o consumo do cidadão. Nesta edição – que apresentou a avaliação do ano de 2009 - o destaque foi a retomada do consumo e o aumento do otimismo da classe C em relação aos anos anteriores, e a introdução de um novo capítulo sobre consumo responsável.

Criado há mais de 20 anos na França e presente em 13 países, o Observador tornou-se o barômetro do consumo ao longo do tempo. Trata-se de uma ampla pesquisa da Cetelem (financeira do grupo francês BNP Paribas) em conjunto com a Ipsos.

Na manhã de 6 de abril, na sala Amazônia do Hotel Renascence, em São Paulo, a imprensa da capital foi convidada para a apresentação da 5° edição do projeto. Na linha de frente dos bens consumidos encontramos a alimentação, o vestuário e a moradia - requisitos básicos e indispensáveis.

O avanço da classe C, também foi um dos destaques da pesquisa, com a entrada de 20 milhões de pessoas nesta classe. “Percebemos um grande aumento na renovação de bens como eletrodomésticos, móveis e também um avanço na categoria de lazer e viagens”, aponta Marcos Etchegoyen, diretor geral da Cetelen.

“São reflexos de alguns fatores que fizeram aumentar a renda do brasileiro, como o aumento de emprego, inclusive o contrato de não assalariados”, concluí o diretor.

O projeto

O público entrevistado foi de 16 anos ou mais e representa 73% da população total do País. Foram feitas 1.500 entrevistas domiciliares em 70 cidades, entre elas, as 9 regiões metropolitanas do Brasil.

Renda

De maneira geral, a distribuição da população por classes de consumo se manteve estável de 2008 para 2009. Nos últimos 5 anos a classe C cresceu 15 pontos percentuais; enquanto as classes DE decresceram 16 pontos percentuais. As classes AB permaneceram estáveis em todos os anos.

Internet e consumo

A grande tendência da internet como fonte de consulta para a compra de quase todos os itens pesquisados - principalmente eletrodomésticos e itens de lazer/viagem - foi um dado que chamou a atenção dos pesquisadores.

A renda familiar média de quem utiliza a internet para estes fim é de R$ 2.130,00, já entre os que não a utilizam é de R$ 1.488,88.

Consumo consciente

Em parceria com o instituto Akatu (instituição focada na mudança de comportamento do consumidor) o Observador, pela primeira vez, classificou essa categoria de consumidor dividindo-a em 4 perfis: Indiferentes, Iniciantes, Comprometidos e Conscientes.

A definição dos grupos é feita por uma bateria de 13 comportamentos de consumo, que vão desde o hábito de evitar deixar as lâmpadas acesas em ambientes desocupados, até apresentar queixa a algum órgão de defesa do consumidor.

Esta parte do estudo revelou que a maioria, 65%, são Iniciantes (aqueles que adotam entre 3 a 7 comportamentos), enquanto que apenas 4% são consumidores Conscientes (que adotam de 11 a 13 comportamentos).

A surpresa ficou por conta dos Comprometidos (aqueles que adotam de 8 a 10 comportamentos) revelando que as mulheres são a maioria neste grupo.

Evolução

Nos dados evolutivos a pesquisa detectou uma grande estabilidade do consumidor, destacando um aumento geral na segurança para financiamentos.

Dentro da pesquisa a palavra otimismo foi escolhida pela grande maioria para definir o futuro, confirmando uma das principais características dos brasileiros. Porém, vale lembrar que a pesquisa foi realizada no final do ano de 2009, o que inevitavelmente, seria uma época permeada por este sentimento.

Fonte

quinta-feira, 25 de março de 2010

Internet Desafia Metodologias e Resultados de Pesquisa

Boa Tarde,

Ausentei-me do blog nos últimos dias por questões particulares. A falta de tempo e o excesso de trabalho, me fez deixar o blog sem atualizações por 10 dias.

Portanto, segue um artigo publicado no Mundo do Marketing sobre a mudança do comportamento do consumidor que afeta, diretamente, o resultado de pesquisas.

Internet Desafia Metodologias e Resultados de Pesquisa
Mudança no comportamento do consumidor e técnicas estão na pauta de discussão

A pesquisa está entre as centenas de atividades que a internet provocou mudança radical. Além de ser mais um ambiente de interação, relacionamento e consumo a ser considerado por quem analisa o comportamento do consumidor, ela serve de campo de observação da realidade em tempo real. Não é por acaso que o tema esteve presente em praticamente um terço das apresentações discutidas no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa de Mercado, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa.

A web mudou o comportamento das crianças brasileiras de 4 a 12 anos. Elas são as que mais acessam a internet no mundo, segundo pesquisa realizada pela Millward Brown Brasil em 12 países. Aqui, elas passam 13 horas conectadas principalmente jogando on-line. Com a web, as crianças se tornam multiplataforma e superconectadas. O desafio das marcas é chamar atenção delas com uma experiência divertida.

O estudo brasileiro envolveu oito grupos de discussão, formados por mães e crianças das classes ABC. Hoje, o brinquedo divide espaço com a internet e com o celular. O diário virou blog e não são mais os pais que escolhem o que as crianças compram, mas elas próprias. Assim como a TV, todos querem ter o seu computador no quarto, o que na classe C é aspiracional. Quando o assunto é rede social, os pré-adolescentes são a maioria por a utilizarem como convívio.

Branding digital

A internet ganha também um papel cada vez mais importante na construção de marcas. “É o que chamamos de círculo virtuoso do branding, onde consumidores digitais são mais jovens, mais bem informados, pesquisam mais e compram mais pela web. O conhecimento sobre marcas os tornam influenciadores de outras pessoas. Por isso, vale a pena investir neste consumidor”, afirma Valkiria Garré (foto), Diretora Executiva da Millward Brown do Brasil.

Os adolescentes estão buscando jogos, redes sociais, músicas, vídeos e mensagens. Já os adultos estão em busca de notícias, basicamente. Pesquisa feita pela Millward Brown do Brasil aponta para um relacionamento entre adolescentes e marcas baseado em roupa, tênis e tecnologia. “Apesar de extremamente ativo na web, o jovem tem dificuldade de falar de propaganda na internet. Tanto positiva quanto negativamente”, diz Valkiria.

Assim como os mais jovens, os adultos também procuram marcas na web após verem uma propaganda na TV. Como a Coca-Cola, por exemplo. O estudo mostra que 13% dos internautas descobriram a marca de refrigerantes na internet por meio da TV. Outro dado interessante é de que, tanto adultos quanto jovens, pesquisam preços na web e compram na loja por motivos de segurança.

Etnografia Digital

A chamada Etnografia Digital também ganha força e se percebe que as mulheres da classe C que acessam a internet ganham uma nova vida digital. É o que indica a pesquisa desenvolvida pela Predica e pela Multifocus com mulheres, donas-de-casa, de 25 a 49 anos, de São Paulo. Quarenta por cento delas passam mais de duas horas conectadas por dia, sendo que 83% acessa a rede todo os dias, principalmente a tarde. O estudo mostra os hábitos de navegação e indicam a preferência por sites de relacionamento (44%), informação (38%), entretenimento (10%), compra on-line (6%) e serviços (2%).

Durante 11 dias de levantamento, o estudo apresentado por Claudia Woods (foto), diretora de inteligência e Marketing da Predicta, registrou 94.250 acessos e 2.700 links diferentes. A internet reflete uma mudança de hábito das mulheres. Trinta e três por cento delas a utilizam como passatempo melhor que a televisão, 78% se sentem mais globalizadas, 15% chegou a se dizer mais inteligente e 26% se sentem seguras em comprar on-line. Elas ainda participam de redes sociais (94%), acessando principalmente o Orkut.

Estas mulheres também vão ao banco virtualmente (23%) e acabam migrando seus hábitos de consumo para o ambiente on-line, principalmente com relação a mídia, pois 66% delas estão lendo menos jornais, 61% assistem menos a TV e 54% ouvem menos o rádio. Na hora de comparar preço, mais de metade (60%) afirmou que não gasta mais sola de sapato indo às lojas, fazendo a comparação on-line.

Pesquisa on-line

Para as empresas anunciantes na web, duas ótimas notícias: 55% lembram de propagandas on-line e 32% delas já participaram de promoções pela internet. Na hora de comprar, 63% buscam informação de produtos nos sites das empresas e 12% publicam suas opiniões sobre uma marca em fóruns e comunidades.

E a pesquisa pela internet? Avaliar comunicação e fazer pré-teste de campanhas pela internet dá o mesmo resultado que presencialmente, é 50% mais rápido e até 20% mais barato, aponta a GFK Brasil. Um estudo feito para a marca Elsève serviu de caso de sucesso para mostrar que o formato de pesquisa deve e precisa evoluir, assim como a comunicação e o consumidor mudaram nos últimos anos.

Alguns mitos caíram por terra. Da mesma forma que no ambiente tradicional, a pesquisa pela internet está sujeita aos mesmos vieses que a tradicional. Apesar do perfil dos respondentes na web ser mais jovem e com maior poder de consumo, pode-se segmentar a base amostral, tamanho e o acesso ao consumidor on-line hoje. E a riqueza das respostas, é boa? “Não é porque está on-line que terá uma resposta pobre. É possível ter um material de qualidade pela internet”, aponta Cristina Jensen, da GFK.

Fonte

segunda-feira, 15 de março de 2010

Para que Twitter, se não usa?

Só na teoria. Metade das empresas que têm o microblog não se relaciona com os clientes pela rede social
Para que Twitter, se não usa?

Em teste feito pela reportagem com 20 empresas, apenas 11 responderam
Ana Paula Pedrosa

O consumidor que procura uma empresa pelo Twitter corre o sério risco de falar sozinho. Apesar de estarem presentes em massa no microblog, a rede social do momento, muitas empresas simplesmente ignoram o que o seguidor tem a dizer. A reportagem testou a comunicação entre as companhias e os usuários do Twitter, enviando mensagens a 20 empresas, das quais 11 responderam, ou seja, 55%.

Foram enviados tweets (mensagens publicadas no microblog) a empresas de diversos setores - shoppings, operadoras de telefonia, redes de varejo, companhias aéreas e Cemig - com perguntas simples, como horário de funcionamento ou pedidos de informação sobre alguma promoção ou serviço.

O setor mais atencioso foi o de shoppings: todos responderam aos questionamentos sobre promoções e horário de funcionamento. Entre as companhias aéreas, apenas a Azul respondeu como remarcar uma passagem.

Entre as quatro operadoras de celular (Tim, Claro, Vivo e Oi), apenas a Oi deu retorno explicando como portar uma linha.

Para as redes de varejo online, o pedido foi de oferta de porta-retrato digital. Das seis lojas procuradas, três responderam. Uma delas, o Walmart, até colocou o produto em promoção e ainda avisou via Twitter. A Cemig, que foi questionada sobre como pedir a troca de uma lâmpada queimada em um poste, também não respondeu.

Falhas. Quem não respondeu está cometendo um dos piores erros que se pode ter em uma rede social, que é não se relacionar, dizem especialistas. "A empresa perde a oportunidade de aproximação que o próprio cliente criou", diz o diretor da Plan B, agência especializada em marketing digital, Daniel Negreiros. Ele diz que a audiência do Twitter é qualificada justamente porque as pessoas escolhem a quem seguir, e as empresas não têm tratado adequadamente esse público.

"É um cliente especial, que vê algum valor naquela empresa e opta por segui-la", concorda o diretor da Web Consult, especialista em marketing digital, Leonardo Bortoletto.

Ele diz que muitas empresas não administram bem as redes sociais e o Twitter, onde estão os maiores erros, justamente por ser uma rede dinâmica, que exige mais agilidade das empresas. Segundo os especialistas, grande parte das empresas vai para o Twitter com a mentalidade da propaganda tradicional, de mostrar o que é bom e esconder o que é ruim, e esse método não funciona no microblog. No Twitter, a receita para ganhar credibilidade é dialogar, mostrando os acertos, tirando dúvidas e explicando os erros.

Ignorado
Questiona promoção e fica sem resposta

O universitário Daniel Faria de Freitas passou pelo dissabor de tentar falar com uma empresa e ser ignorado. Em fevereiro, ele e os amigos questionaram insistentemente a Saraiva a respeito de uma promoção, sem sucesso. “Postamos no Twitter e no Orkut nossa indignação. Enviamos e-mails para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e não tivemos respostas”, diz Freitas.

Ele teve uma foto selecionada para a etapa final de uma promoção que daria um Xbox, o videogame da Microsoft, ao mais votado. Pelo regulamento, a votação seria encerrada às 17h do dia 12 de fevereiro, mas o término só aconteceu uma hora mais tarde.

Daniel conta que pediu votos para os amigos e diz que, no horário previsto para o término da enquete, liderava a votação com folga. “Faltando poucos minutos para as 17h, cheguei a receber os parabéns, pois todos achavam que havia acabado”, diz. Com uma hora a mais de promoção, porém, ele foi ultrapassado por um concorrente.

O diretor de internet da Saraiva, Rodrigo Poço, só foi informado do caso pela reportagem. Ele disse que a empresa está analisando a situação e deverá entrar em contato com Daniel. “Não queremos que ele se sinta lesado”, diz. Poço afirma também que a Saraiva ainda está desenvolvendo um sistema para se comunicar com os seguidores no Twitter e em outras redes sociais. “Hoje, não fazemos isso, mas estamos percebendo essa demanda”, afirma.
Publicado em: 15/03/2010

Fonte

Dia do Consumidor

Consumo Consciente, por Têmis Limberger*

Dia 15 de março é o Dia Internacional do Consumidor, porque John Kennedy, presidente dos EUA, em 1962, enviou mensagem ao Congresso sobre a proteção dos consumidores. No Brasil, o direito do consumidor é previsto na Constituição e disciplinado no Código de Defesa do Consumidor. O consumo faz parte da vida de todos, porém não podemos cair no consumismo.

Hoje, vende-se a ideia equivocada de que a felicidade se compra em shopping center, numa cultura de bens e valores descartáveis, em que o consumo nem sempre é motivado por necessidades reais, mas pelo prazer efêmero, perspectiva de aceitação pelo grupo social, ou mesmo pela busca não definida da felicidade, identificada por meio dos produtos consumidos: roupa de marca conhecida, modelo de carro, tênis etc. Nessa ausência de valores, as crianças e jovens são alvos fáceis da sociedade de consumo. A criança influencia 80% das decisões das compras da família, pesquisa da TNS InterScience. Entre as principais causas desse cenário, está a permanente exposição da garotada a ações e campanhas que estimulam o consumo de forma inconsequente. O impacto é potencializado pelo tempo que as crianças e adolescentes passam na frente da TV: são, em média, duas horas por dia, IBGE/2009. A Organização Mundial da Saúde recomenda que esse tempo não ultrapasse uma hora diariamente. Entre as consequências do consumismo exagerado, estão obesidade infantil, erotização precoce, violência urbana, decorrente da busca por produtos caros e a diminuição de brincadeiras criativas, que são fundamentais para o desenvolvimento das crianças. O mercado enxergou nos nossos pequenos uma rentável fonte de lucros e se aproveitou da vulnerabilidade infantil. A criança de quatro anos não consegue diferenciar um comercial de um programa. Por isso, é importante a regulamentação no Brasil da propaganda dirigida às crianças, tal qual ocorre em outros países. Regrar não significa censurar. Assim, indispensável a adoção de medidas preventivas, começando pela conscientização dos cuidadores infanto-juvenis. No centro do problema, estão os valores repassados às futuras gerações. A sociedade de consumo exalta o ter, porém é necessário resgatar valores do ser para fortalecer a dignidade da pessoa humana. É importante lutar pelos direitos do consumidor, mas dizer não ao consumismo.

*Promotora de Justiça

Fonte

domingo, 14 de março de 2010

Varejo no Brasil se torna foco do mercado mundial

Varejo no Brasil se torna foco do mercado mundial
Pesquisa da Ipsos mostra mudanças nos hábitos da indústria e dos consumidores

As mudanças climáticas e comportamentais estão refletindo em ações de Marketing no varejo. Desde os anos 1950, a variação de foco da indústria varejista mirou nas vendas, no produto, na propaganda, no Marketing Promocional junto ao ponto-de-venda até que, no ano 2000, o varejo resolveu, enfim, apostar no consumidor e, mais recentemente, no shopper, ou comprador. Isto é o que mostra uma pesquisa da Ipsos sobre a realidade do consumo varejista no Brasil.

Estas mudanças são provenientes das transformações ocorridas no mercado ao longo de 60 anos. Se antes havia uma baixa oferta de produtos e um pequeno número de empresas no setor, a industrialização do varejo e o amadurecimento do consumidor trouxeram a concorrência. Em seguida, já nos anos 1990, a internet apresenta lojas virtuais e o consumidor passa a ser o objeto de desejo das empresas, que, por sua vez, investem em programas de fidelidade por necessidade.

No mercado atual, o poder está totalmente concentrado em quem compra e não mais em quem vende. As empresas já começaram um processo de produção para consumo rápido, saturação de mensagens e o controle para que elas não se tornem evasivas. São muitas mudanças, de fato. A bola da vez é a aplicação e não mais o discurso apenas, sobre os efeitos do consumo no meio ambiente.

Brasil no centro do varejo mundial
A segmentação está em voga. Se antes a indústria varejista baseava-se em seu conhecimento de mercado, hoje não há espaço para uma empresa que não analisa e nem valoriza o comportamento, os hábitos e as preferências de seus consumidores. “A realidade hoje é outra. Antes a marca criava o produto e o vendia. Agora o varejista analisa o comportamento do consumidor para elaborar um produto”, diz Valéria Rodrigues, diretora de varejo da Ipsos.

Durante a reunião do Comitê de Promoção, Trade e Varejo da ABA Rio, realizada na ESPM-RJ, Valéria apresentou as tendências discutidas durante a NRF 2010, evento mundial sobre as novidades e expectativas do varejo. Os planos para os próximos anos animam até o mais pessimista empresário brasileiro. A expectativa é de que o país cresça 5,5% no PIB, que o investimento estrangeiro aumente 46% e que a produção industrial cresça 8,41% em 2010 em relação a 2009.

Em outras palavras, o Brasil é a bola da vez no varejo mundial. Com cerca de 66 milhões de internautas (dados da Ipsos em 2008), 61% deles está enxergando o e-commerce como comodidade para não ter que sair de casa para efetuar uma compra. De acordo com a pesquisa feita há dois anos, o preço (51%), a facilidade (44%), a rapidez (34%) e a segurança (28%) são os principais diferenciais das lojas virtuais.

Internet X sustentabilidade
O e-commerce apresenta grande aceitação no Brasil indiferente da classe social do internauta. Basta ver os dados de outra pesquisa da Ipsos no ano passado, que mostram uma pequena variação entre a intenção de compra de e-consumidores das classes A, B, C e D.

Falar de internet e consumidor hoje é sinônimo de redes sociais. “Nelas, 34% dos internautas brasileiros já postaram algum texto sobre marcas e empresas”, aponta Valéria. A afirmativa é baseada em uma pesquisa da McCann em 2008. No Brasil, esta atividade é mais comum que no resto do mundo. O mesmo estudo constatou que o português é o terceiro idioma mais popular do Twitter, ou seja, 9% dos posts em todo o planeta são feitos na nossa língua.

A outra tendência do varejo é a sustentabilidade. Se já não bastasse salientar a importância disso diariamente e tornar, às vezes, este assunto em algo repetitivo, a verdade é que o tema deixa de ser discurso para ser estratégia. Veja o Walmart Brasil. Entre suas metas para os próximos anos, há um planejamento sustentável para produtos, clima e energia, e resíduos dos pontos-de-venda.

Indústria e consumidor engajados
“A empresa já fala em sustentabilidade há três ou quatro anos, com metas agressivas que englobam a companhia de ponta a ponta. Sem falar que uma em cada três pessoas busca informações sobre sustentabilidade nas empresas”, afirma a diretora de varejo da Ipsos com base em um estudo feito pelos institutos Akatu e Ethos entre 2006 e 2007.

A tendência da sustentabilidade no varejo brasileiro não é só por parte da indústria. O consumidor também está engajado na causa. Prova disso é que o Brasil tem o mesmo índice de consumidores que mudaram seus hábitos de compra para ajudar o meio ambiente do que média da América Latina. Em compensação, na Europa este índice é de meros 8%, seguido de 11% dos americanos.

Porém, os números apresentados pelos consumidores do velho continente e os da terra do Tio Sam não significam despreocupação com a causa verde. “Na Europa, por exemplo, fala-se menos em mudança de hábitos em prol do meio ambiente porque lá os consumidores mudaram seu comportamento de compra há muito tempo”, conta Simone Terra, diretora da Simone Terra Soluções de Mercado e Conselheira do Comitê de Promoção, Trade e Varejo da ABA.


Marcas próprias ganham mercado
Outra tendência do varejo são as marcas próprias. Hoje, estes produtos já fazem parte da lista de compras de muitos brasileiros e mais ainda dos consumidores europeus e americanos. A Ipsos constatou que sete entre cada 10 shoppers avaliam as marcas próprias como produtos de qualidade tanto quanto os itens mais caros das gôndolas.

Dentre os fatores que contribuíram para o crescimento e a aceitação destes produtos na indústria e nos lares é a confiança na rede varejista em primeiro lugar. Além de serem vistos com qualidade igual a dos produtos líderes de mercado, o menor preço destes utensílios de marca própria são vistos como resultado de um esforço comercial para atender as necessidades dos consumidores.

A pesquisa apontou para 43% de americanos e 41% de europeus que compram estes produtos com frequência. No Brasil e na América Latina, são 32% e 37% respectivamente. Segundo dados da Nielsen, no ano passado os itens de marca própria aumentaram 23% em relação a 2008. "Em breve, as marcas próprias se equipararão às líderes de mercado”, prevê Valéria.


Fonte

Gifting

Gifts promovem vínculo entre marcas e consumidores
Coca-Cola, McDonald's, Giraffas e Banco do Brasil mostram resultados com gifting

O consumidor muda, o mercado se transforma e o Marketing se reformula, mas uma coisa permanece: o gift. Os tradicionais brindes oferecidos aos clientes ainda são um forte ponto de contato e uma importante forma de promoção. Com eles, é possível gerar trocas e criar vínculos entre pessoas e marcas. Coca-Cola, McDonald’s, Giraffas e Banco do Brasil são alguns dos muitos exemplos de empresas que não abrem mão dos presentinhos para permanecerem sempre lembradas.

O gift ideal depende da ação e varia do mais simples ao mais elaborado. O gifting também não se apoia apenas em lembrancinhas materiais. Pode vir na forma de experiências e sensações, como viagens, jantares, encontros com personalidades, tudo de acordo com a história que a marca deseja contar e o objetivo do projeto.

“Um brinde depende do contexto da ação, que pode transformar um gift simples, como um lápis, em um objeto desejado. Mas o objeto tem que contar a história da marca que o entrega. Um lápis sem história fica completamente perdido no contexto”, explica Marina Pechlivanis, sócia-diretora da Umbigo do Mundo, agência especializada em gifting, e autora do livro Gifting, em entrevista ao Mundo do Marketing.

E essas ações podem ser as mais variadas. “Todas que demandem tridimensionalização de vivências, eventos e relacionamentos. Vale para Endomarketing, Marketing Direto, Marketing de Relacionamento, promoção de vendas, tanto para o mundo real, quanto para o virtual”, conta Marina. “A etiqueta do gifting está em saber a hora certa, a pessoa certa, o local certo e, principalmente, a oportunidade certa”, sugere.

Gifting exige conhecimento profundo sobre ação
Descobrir a forma certa para presentear os consumidores é uma questão de conhecimento profundo a respeito deles. “Um Gifting Guide, por exemplo, requer noções de Style Guide e Concept Guide de uma marca, para, a partir dessas premissas, construir o ritual de trocas adequado à realidade da empresa”, diz Marina, articulista do Mundo do Marketing sobre o assunto.

É fundamental, também, estar atento às mudanças de comportamento do consumidor. “O que servia para uma criança de quatro anos antes, hoje é para uma de dois”, aponta a especialista. Oferecer brindes colecionáveis é um dos caminhos para agradar consumidores de todas as idades e manter forte a lembrança da marca.

É o caso da Coca-Cola, com suas mini-garrafas, bottons, copos e uma infinidade de objetos personalizados. Hoje, inclusive, os fãs podem comprar produtos que levam a marca. “Neste caso somou-se uma marca desejável transferindo seu endosse para objetos também desejáveis. Ao longo dos anos, a Coca-Cola trabalhou o conceito de colecionável. Assim, um objeto de desejo se transforma em objeto de afeto, criando laços com quem o possui. Por trás desse sucesso há planejamento e, principalmente, investimento”, comenta Marina.

Os gifts e o fast-food
Seguindo esta linha, o McDonald’s é sinônimo de gifts, com o seu McLanche Feliz. Os brinquedos licenciados com personagens populares entre a garotada e o forte investimento em mídia fazem com que os brindes sejam verdadeiros objetos de desejo e, em muitos casos, esgotem em tempo recorde.

Outra rede de fast food que aposta nos presentes para os consumidores é o Giraffas. Assim como o McDonald’s, O Giraffas também foca o entretenimento, mas busca dar um sentido educacional para os seus gifts. Responsável pela conta da empresa há seis anos, a Umbigo do Mundo desenvolveu ações como a GiraEducação no Trânsito, em parceria com o Instituto Ayrton Senna.

Nas lojas, as crianças ganhavam um dos quatro kits com carrinhos de corda, pistinhas e acessórios para montar, na compra de um prato ou lanche. Os produtos vinham acompanhados de cartela de adesivos para personalizar os kits e uma tirinha ilustrativa do Senninha com dicas de educação no trânsito, como a importância das placas de trânsito, da faixa de pedestres, das crianças no banco de trás e do uso do cinto de segurança.

“Em 2009 investimos cerca de R$ 10 milhões em ações e campanhas de Marketing. Dentro deste valor está o investimento dedicado à produção das GiraSurpresas. O principal retorno dos gifts é a fidelização e o relacionamento que eles nos permitem criar com os nossos clientes. Queremos conquistar esse consumidor quando criança e criar um relacionamento de longo prazo com ele”, afirma Luciana Morais, Gerente de Marketing da rede Giraffas, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Tendências minimalistas para gifts
A Elegê também investiu em brindes colecionáveis no final de 2009. Quem comprasse 12 litros do leite e outro item do portfólio poderia trocar o cupom fiscal por uma das seis vaquinhas Toy Art. Mesmo com a crise no último ano, não foi observada uma diminuição no número de ações de gifting. A retração serviu para ditar algumas tendências que começam a ser colocadas em prática.

Se a moda era oferecer gifts sustentáveis, como ecobags, blocos de folhas e embalagens recicladas, agora o momento pede uma reflexão sobre o que realmente é necessário. “Acredito que a sustentabilidade já se incorporou ao processo. Percebo agora um caminho que foca o minimalismo, um investimento consciente. Repensar a utilidade dos brindes e os formatos de embalagem”, acredita Marina, da Umbigo do Mundo.

Redefinir o desperdício é a tendência da vez. Para a especialista, não é suficiente ser ecológico e reciclado, deve-se questionar o custo para a produção disso e sua real necessidade na vida do consumidor. Hoje é mais importante gerar fidelização e relacionamento contínuo, a partir de objetos, experiências e sensações, tendo em mente a economia de dinheiro e de recursos. Sabendo rastrear o perfil que deseja atingir e estando alinhadas às tendências, as marcas encontram nos gifts uma forma de estarem sempre presentes no universo do consumidor.

“O segredo está em pensar de forma consistente e contínua, implementando ações que se transformem em narrativas corporativas por intermédio de objetos, experiências e sensações que se inserem no universo particular das pessoas. Gifting é mídia, precisa de frequência, cobertura e, principalmente, planejamento”, Marina dá a dica.

Gentileza gera gentileza
Uma prova de que um gift simples pode ser bastante relevante quando se conta a história certa são as ações desenvolvidas durante o Unomarketing, Feira e Seminário de Marketing Sustentável, em junho do ano passado.

Abrangendo a essência do gifting – dar, receber e retribuir –, a Umbigo do Mundo desenvolveu ações que envolviam sensações, benefícios e emoções durante o evento. A idéia da Sator, organizadora do Unomarketing, era abordar o público com pequenas gentilezas. Por isso, logo na entrada, os visitantes eram recepcionados com aroma de bambu (referência à sustentabilidade) e trilha sonora composta especialmente para a ocasião.

Além disso, três atores caracterizados de vendedores passavam mensagens de gentileza, convidando as pessoas a retribuírem. Aqueles que fossem receptivos recebiam o adesivo do “Ciclo Gentileza”, que dava direito a trocar por um presente: um oráculo com 30 frases sobre gentileza e um bloquinho. Para fazer anotações, os consumidores podiam passar no estande da Faber-Castell e retirar um lápis.

Banco do Brasil promove cartão com gifts
A presença de gifts em eventos é praticamente tão comum quanto o comparecimento do próprio público, que, muitas vezes, já espera sair do local com presentinhos. Durante a São Paulo Fashion Week em janeiro do ano passado, o Banco do Brasil preparou cinco gifts que foram distribuídos para os convidados do segmento Estilo no lounge da marca.

Alinhada ao tema do evento – Brasileirismos – a empresa ofereceu gifts inspirados na brasilidade e na ambientação do lounge, que era um boteco. Entre os brindes estavam lenços e faixas de cabeça acompanhados de um livreto com dicas de uso, porta-copos, copos para chopp ou caipirinha, sacola em ráfia e customização de tiaras.

Já na edição seguinte do evento de moda, o Banco do Brasil resolveu oferecer em seu espaço serviços como oficinas de customização de boinas e caricaturistas, além de shows de dança e DJs que mixavam músicas modernas com canções francesas em ritmo brasileiro. A iniciativa homenageava o Ano da França no Brasil, que era também o tema da edição. Os convidados ainda recebiam buttons e ecobags criados pelos estilistas Lilian Thomaz e Ronaldo Fraga.

Para a última edição do SPFW, realizada este ano, o BB Estilo ofereceu caixas de som para iPod, pasta de neoprene para notebook, apitos metálicos, minibolas de futebol, camisetas e ecobags. Os brindes estavam inseridos no tema da semana de moda “Linguagens”, que homenageava a internet e a conectividade, e a ação pretendia divulgar o cartão temático Ourocard Visa Copa do Mundo Fifa 2010.

O maior de todos
É da Parmalat o maior caso de sucesso no Brasil quanto o assunto é gift colecionável. A empresa lançou a promoção Mamíferos em 1997 e trocou mais de 15 milhões de bichinhos de pelúcia em quase três anos. O projeto previa a troca de apenas 1,2 milhões de 12 modelos durante três meses na compra de 20 unidades de leite mais R$ 8,00. Ação acabou com 21 gifts e um aumento de 20% nas vendas da empresa.
Campanha Parmalat 1997

Fonte

quarta-feira, 10 de março de 2010

Consumo X Consumismo

Para encerrar as postagens de hoje, segue um texto ótimo sobre Consumo X Consumismo. Muito bom o artigo, a visão do autor e automaticamente a certeza de nos fazer pensar.

Consumismo e alternativas
“Consumismo” é consumir em excesso. Mas...o que é excesso mesmo?

Tornou-se praxe acusar o "consumismo" de causador de todos os males da sociedade contemporânea, sejam eles de cunho social (como a violência) ou ambiental (aquecimento global, poluição etc.).

Sem entrar no mérito da relação de causa e efeito propugnada nesses discursos, o que sempre me chama a atenção é o significado popularmente emprestado ao termo "consumismo".

Numa definição simples, poderíamos afirmar que o consumismo é o consumo em excesso. E "excesso" seria a compra que vai além do necessário, que atende apenas a "desejos e caprichos".

O problema é que "necessidades" e "desejos" não são conceitos definitivos, indiscutíveis. Pelo contrário; são bem abstratos, indefinidos, quase pessoais. À exceção das necessidades físicas (alimento, abrigo, sono, sexo), todas as demais são culturalmente construídas, de modo que necessidades ou desejos de consumo são tão verdadeiros e legítimos quanto quaisquer outros. O consumo é, em nossa sociedade, uma resposta a questões humanas, e não mero canal de suprimento de carências físicas.

Além disso, o tal "consumismo" não ocorre contra a vontade das pessoas. Ele representa, hoje, a vontade das pessoas. E mesmo que todos prontamente se engajem em discursos anticonsumistas, são poucos os que realmente mudam seu padrão de vida em função de uma pretensa consciência. Por quê? Voltamos ao parágrafo anterior: porque cada um tem a sua visão do que seja "consumismo" e "exagero", já que cada um entende "necessidade" e "desejo" de maneira diferente. Todos temos nossas próprias razões para dirigirmos carros que poluem, acumularmos roupas e mais roupas no armário, ou adotarmos sem remorsos as convenientes embalagens plásticas de decomposição lenta.

Beco sem saída, portanto? Nem tanto. Meu palpite é que embora o tal "consumismo" seja fruto da economia de mercado, não é seu subproduto inevitável.

Se há uma ideologia que afirma que o valor de uma pessoa se mede pela quantidade de bens que possui, há que se incentivar a construção de outra, tão forte quanto, que estimule o desenvolvimento de dimensões de prazer, satisfação pessoal e reconhecimento do indivíduo pelos seus pares que não apenas através da acumulação material.

Religião, família, atividades intelectuais e artísticas, o que seja: grupos de interesse aos quais as pessoas possam se filiar e nos quais o ethos dominante não seja o do progresso material.

Desejos e necessidades dependem do contexto, do ambiente no qual se convive. Se for estimulada a convivência em espaços nos quais as posses sejam menos valorizadas, é mais provável que as noções do que "precisamos" e "queremos" mudem.

Fonte

Sucesso com Redes Sociais - 7 Pontos a Analisar

Não fui à aula hoje, pois tive um treinamento na empresa e chegaria um tanto atrasada na faculdade. Optei por vir para casa. Aproveito o tempinho livre para fazer mais uma postagem bastante interessante que linka uma série de matérias sobre o tema mais falado no momento: Redes Sociais, claro.

Sete Pontos para Sucesso com Redes Sociais
por John Soat

Como as companhias podem construir um case de sucesso e tirar maior proveito desses importantes canais

Qual o retorno?
Se tornar público ou se manter privado?
E quanto às regras?

É hora de falar sério. Os maiores adeptos às redes sociais usam palavras como: comprometimento, responsabilidade e transparência que relembram os tempos da Internet hippie, nos anos 1990; mas as redes sociais já provaram ser muito mais do que uma moda passageira. As explosões nos números de usuários registrados em redes populares, como Facebook e Twitter, causaram espanto até mesmo nos estatísticos mais experientes. O tempo gasto nestes sites aumentou 277%, nos Estados Unidos, no ano passado, de acordo com uma pesquisa realizada pela empresa Nielsen, e o Twitter cresceu mais de 500%.

Hoje, a categoria "rede social" está preparada para emergir como o mais importante facilitador de negócio desde a internet em si. Para aproveitar todo o potencial desses espaços, as empresas devem priorizar sete pontos cruciais nos próximos doze meses. Nesses pontos se escondem as diferenças entre o sucesso e o fracasso na década que se inicia.

- A concorrência continua investindo em redes sociais
- Onde está o retorno?
- O que funciona melhor?
- Quão profundo as redes sociais devem penetrar em minha empresa?
- A necessidade de uma política corporativa para redes sociais
- O que as mídias sociais podem ensinar sobre colaboração interna
- O que vem depois?

[Para finalizar, uma pesquisa sobre o que as empresas esperam depois de entrar de cabeça nesse mundo virtual, no mundo das redes sociais]

- Pesquisa: o que as empresas esperam?

Fonte

Internet - Melhor Vendedor

A internet pode ser o melhor vendedor da sua empresa
Conheça os principais recursos de marketing digital utilizados por empresas que estão crescendo até 120% ao ano na internet
Por Silvio Tanabe*

O que uma empresa de treinamentos, uma loja especializada em decoração e uma metalúrgica podem ter em comum? Mais do que você pode imaginar.

O Grupo Luz, a PortCasa e a Geguton comemoraram crescimento de até 120% em seus negócios em um ano marcado pela crise econômica mundial que derrubou diversos países (e companhias) e fez o governo celebrar o crescimento zero apresentado pelo PIB brasileiro como uma façanha. Para alcançar estes resultados, as três investiram na internet como uma de suas principais ferramentas de vendas.

O Grupo Luz, de Ribeirão Preto, aumentou em 40% o número de matrículas de seus cursos de fotografia com campanhas nas mídias e redes sociais. Em São Paulo, a PortCasa cresceu 120% em apenas um ano investindo pesado em marketing digital para sua loja eletrônica. E a gaúcha Geguton aumentou seu cadastro de clientes ativos em 70% ao facilitar as compras em seu site.

São exemplos concretos de empresas que estão aproveitando para surfar na grande onda da internet no Brasil, que já engloba 66 milhões de brasileiros, praticamente um terço da população.

Números, aliás, não faltam para justificar os investimentos em marketing digital no país. O brasileiro é o que passa mais tempo online no mundo, uma média de 44 horas/mês, e está entre os que mais acessam as redes e mídias sociais como Orkut e Twitter. Com uma presença tão marcante, não é à toa que a internet seja cada vez mais importante, inclusive na forma como compramos. Pesquisa realizada recentemente pelo Datafolha revelou que 38% dos consumidores das classes A e B e 30% da classe C levam em consideração informações de sites para escolher produtos, marcas e lojas. São as pessoas que movimentaram cerca de R$ 10,5 bilhões no comércio eletrônico em 2009.

Para se obter taxas de crescimento de dois a três dígitos por ano não basta jogar a prancha na água, ou seja, montar o site ou loja virtual e esperar os contatos e pedidos. Requer planejamento de uma série de ações de comunicação, o que chamamos de marketing digital. E a rápida evolução da tecnologia, o surgimento de novos recursos e tendências faz com que estas ações tenham de ser cada vez mais coordenadas para atingir seus objetivos. Seguem abaixo os principais recursos e como podem ser melhor utilizados para alavancar seus negócios.

Site com “usabilidade”: Usabilidade significa facilidade de uso. Quanto maior a usabilidade em um website, maior a rapidez do usuário em aprender a utilizá-lo e a encontrar o que procura. Quanto mais fácil e mais rápido for encontrar o que interessa, maior a satisfação da pessoa que o visita e maiores as chances de um contato efetivo. Ou seja, a palavra de ordem hoje é simplicidade, portanto nada sites pirotécnicos, com introdução animada, geralmente feitos com programação Flash, que demoram uma eternidade para carregar. Ninguém tem mais paciência para isso.

Otimização: É também chamada SEO (das iniciais em inglês para Search Engine Optimization, otimização para mecanismos de busca). De forma simples, a otimização pode ser entendida como uma série de técnicas para estruturar as principais informações sobre a sua empresa, produtos e serviços contidas no site de forma a serem mais facilmente localizadas pelos buscadores. A base desta organização são as palavras-chave, frases e títulos dos conteúdos do site, que devem ser específicas, constantemente atualizadas e estar diretamente relacionadas aos negócios, serviços ou produtos da empresa.

Mas atenção: a otimização só funciona em sites construídos em uma programação que permita aos buscadores identificarem estas palavras, por isso mais um motivo para não usar o Flash, pois além de tornar o site mais “pesado” para carregar, também dificulta a localização das palavras-chave.

Publicidade online: é a propaganda feita na internet e se divide de duas formas. A primeira é por meio de links patrocinados em sites de busca, como o Google Adwords ou o Yahoo! Search Marketing, e é indicado para venda direta. Por exemplo, se você possui uma loja de câmeras fotográficas, pode vincular seu anúncio para aparecer ao lado dos resultados relacionados à fotografia.

A segunda é por meio de anúncios (também chamados banners) em sites, redes e mídias sociais relacionados ao produto ou serviço, sendo indicada como publicidade institucional. Nesse caso, o ideal é vincular o anúncio da sua loja de câmeras fotográficas em sites e comunidades especializados em fotografia.

As duas vêm revolucionando a publicidade por serem extremamente acessíveis (qualquer empresa pode iniciar sua própria campanha com orçamento modesto) e permitir a mensuração dos resultados das mais diversas maneiras, sendo ideal para pequenas e médias empresas. Porém, a simplicidade em criar e colocar no ar as campanhas pode ser enganosa. Se não forem atualizadas constantemente para acompanhar as mudanças da concorrência, corre o risco de não gerar os resultados esperados.

Inteligência de Mercado: Os mecanismos de busca como o Google oferecem gratuitamente ferramentas para monitoramento. Permitem mensurar, por exemplo, qual a “audiência” do site da empresa (origem geográfica, páginas mais visitadas, tempo de permanência, como o internauta chegou ao site, quais conteúdos influenciam no processo de compra) e a tendência e procura mensal por palavras-chaves (entendam-se, neste caso, produtos ou serviços oferecidos por sua empresa), assim como o posicionamento do site e dos concorrentes nas pesquisas. É uma forma eficaz e acessível de inteligência de mercado.

Redes Sociais: Redes sociais como Orkut, Facebook, Plaxo, MySpace etc., assim como as mídias sociais (Twitter, Flickr, Slideshare e congêneres) são o grande tema do momento da mídia. Diariamente surgem casos de empresas que as utilizaram com sucesso, levando muitos especialistas a declarar que o futuro dos negócios está nestas plataformas.

Exageros à parte, não há como contestar sua importância como canais de comunicação direta entre a empresa e seus clientes. Mas antes é preciso entender como funcionam, como seu público-alvo interage e, com base nestas informações, definir as mais adequadas, monitorando os resultados.

e-Mail Marketing: A propaganda por e-mail é uma das mais conhecidas e eficazes ferramentas de marketing digital que se tem notícia. Pesquisa realizada recentemente revelou que 64% dos entrevistados afirmaram fazer compras após o recebimento de um e-mail promocional. Em contrapartida, é uma das mais mal utilizadas. O primeiro passo de uma campanha é estabelecer objetivos e uma estratégia sobre como utilizar as diferentes formas de mensagem. Um e-mail marketing pode ter diferentes propósitos: transmitir informações relevantes para o receptor (caso das newsletters), oferecer uma promoção, destacar os diferenciais de seus produtos e serviços, ser uma ferramenta de relacionamento (com cumprimentos de aniversário, ano novo, novo cliente, promoção no cargo etc.).

*Silvio Tanabe é consultor de marketing digital da Magoweb e autor do blog Clínica Marketing Digital.

Fonte

terça-feira, 9 de março de 2010

E-consumidor Satisfeito

Bom, amanhã é quarta e vou me ausentar da net por causa do trabalho e da faculdade. Imagino que não vá postar nada por aqui, a menos que eu encontre algo bem legal. Logo, estou postando o que tenho de melhor no momento - hoje.

E-consumidor Satisfeito
Escrito por Redação
Qua, 03 de Março de 2010 15:26

O comércio eletrônico brasileiro iniciou o ano de 2010 em alta na avaliação do comprador online. Das pessoas que fizeram compras pela rede em janeiro, 86,28% disseram estar satisfeitas com a transação, segundo o Índice de Confiança do e-consumidor, estudo desenvolvido pela e-bit, empresa especializada em informações de e-commerce, em parceria com o Movimento Internet Segura (MIS), comitê da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), dedicado a atuar na educação do usuário para evitar que ele caia em golpes aplicados na rede.

A coordenadora do MIS, Marinês de Assis Gomes, destaca que, no ano passado, este patamar de 86% só foi alcançado no mês de abril. “O resultado do estudo em janeiro mostra que as lojas eletrônicas brasileiras estão cada vez mais preparadas para suportar volumes cada vez maiores de vendas”, disse.

Segundo o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti, o aumento das encomendas provoca uma pressão na estrutura de entregas e alguns pequenos atrasos acabam impactando na percepção de eficiência do comprador. “Em dezembro e janeiro, o índice costuma cair devido ao grande volume de vendas no Natal e promoções de queima de estoque, aliadas a volta às aulas de janeiro. Mesmo assim, o mês de Janeiro de 2010 foi melhor do que 2009”, comemorou.

O diretor executivo da camara-e.net, Gerson Rolim, lembra que o índice de janeiro foi praticamente igual à média obtida em todo o ano de 2009, 86,3%. “Se considerarmos que em janeiro já tivemos uma marca superior aos três primeiros meses do ano passado podemos projetar uma média bastante superior para 2010”, comentou.

Ao todo foram coletados pela e-bit mais de 140 mil questionários de 01 a 31 de janeiro. Nas pesquisas, os e-consumidores são estimulados a expressar o nível de satisfação com base em 10 quesitos: Facilidade de Comprar, Seleção de Produtos, Informação sobre os Produtos, Preços, Navegação, Entrega no Prazo, Qualidade dos Produtos, Qualidade do Atendimento a Clientes, Política de Privacidade e Manuseio e Envio dos Produtos.

Fonte

Gestão de Marketing Digital e RP 2.0

Eu quero, eu quero, eu quero!!!

Gestão de marketing digital e RP 2.0 são temas de cursos em São Paulo
Por Redação do IDG Now!
Publicada em 08 de março de 2010 às 11h10
Atualizada em 08 de março de 2010 às 11h14

Aulas serão ministradas nos meses de março e abril e pretendem aplicar conceitos de mídias digitais ao mundo dos negócios.

A São Paulo Digital School ministrará neste mês o curso "Relações Públicas 2.0", que discutirá estratégias de relacionamento nas redes sociais, blogs, fóruns e comunidades virtuais.

As aulas abordarão como se dá a troca de informações entre clientes e consumidores na rede, com o objetivo de facilitar o entendimento sobre as melhores estratégias de atuação no ambiente digital.

Ele custa 350 reais, valor que pode ser parcelado em até 12 vezes no cartão de crédito.

O curso de “Gestão de Marketing Digital”, por sua vez, tratará dos blogs corporativos, perfil do consumidor digital e comunicação, mídias sociais e marketing móvel.

Programado para abril e também ministrado pela São Paulo Digital School, ele é voltado a estudantes ou recém-formados nas áreas de administração, marketing, publicidade e comunicação. Haverá duas turmas em horários e dias distintos para atender a demanda de alunos.

De acordo com o instituto, o objetivo é iniciar ou aperfeiçoar a formação dos profissionais de empresas ou departamentos digitais. O investimento no curso é de 390 reais, valor que pode ser parcelado em até 12 vezes.

Serviço 1
Relações Públicas 2.0
Data: de 22/3 a 24/3 - 19h às 22h.
Local: São Paulo Digital School - Rua Ministro Godói, 478, Conjunto 41 / Perdizes.
Valor: 12x de 350 reais.
Inscrições no site da SPDS.

Serviço 2
Gestão de Marketing Digital.
Data: de 6/4 a 8/4 - 9h às 12h / de 12/4 a 14/4 - 19h às 22h.
Local: São Paulo Digital School - Rua Ministro Godói, 478, Conjunto 41 / Perdizes
Valor: 12x de 390 reais
Inscrições no site da SPDS

Fonte

O Consumo Consciente Crescerá no Brasil

Segue artigo publicado no Mundo do Marketing:

Consumo consciente ainda é pequeno, mas vai crescer no Brasil
Brasileiro vem procurando versões mais sustentáveis dos produtos, está mais crítico em relação às empresas e poderá usar a tecnologia para compartilhar informações
Por Gabriella Coutinho

O comportamento do consumidor no Brasil vem mudando quando o assunto é sustentabilidade. De acordo com o dossiê elaborado pelo portal UnoMarketing em parceria com a consultoria MobConsult e com a revista Ideia Socioambiental, dois em cada 10 brasileiros já levam em consideração o compromisso socioambiental da empresa antes de colocar um determinado produto no carrinho. O nível de engajamento ainda é pequeno se comparado a consumidores dos Estados Unidos e dos países da Europa, mas a mudança de hábito indica que esses números só tendem a aumentar, principalmente com a utilização de novas tecnologias.

A pesquisa constatou que nos últimos 10 anos os consumidores brasileiros têm estado mais atentos e críticos em relação às atitudes tomadas pelas empresas. Além disso, eles têm expectativas positivas com relação às empresas que estão 20% acima da média mundial e uma avaliação negativa que está três pontos acima da média de outros países. Há uma desconfiança maior quanto às informações passadas pelo varejo em geral e, de certa forma, essa atitude está atrapalhando a expansão do consumo consciente no país.

“A verdade é que o brasileiro põe muita expectativa nas ações das empresas e, ao ver que muitas vezes elas são apenas retórica, ele fica decepcionado. Há um gap muito grande entre o que ele espera e o que fazem efetivamente as empresas”, ressalta Ricardo Voltolini (foto), jornalista e publisher da revista Ideia Socioambiental, em entrevista ao Mundo do Marketing.

De olho na gestão do negócio e nas tecnologias
Não é só na gôndola dos supermercados que o consumidor faz valer o seu papel. A segunda tendência pesquisada pelo dossiê mostra que eles estão mais atentos à forma como as empresas estão trabalhando as questões socioambientais na gestão do negócio. Não adianta investir em projetos sociais voltados para as comunidades e descuidar de suas ações internas. “É preciso apostar na ética. Hoje em dia o conceito evoluiu e não adianta uma empresa ter um projeto social e continuar poluindo. Estamos mais atentos a tudo isso e mais criteriosos também”, resume Voltolini.

As tecnologias estão ajudando a acelerar o processo de adoção do consumo consciente. Nos Estados Unidos, uma ferramenta chamada GoodGuide tem revolucionado o dia a dia dos norte-americanos no supermercado. O aplicativo, que pode ser posto no telefone celular, informa rapidamente ao comprador todos os dados socioambientais do produto na medida em que tem acesso a seu código de barras. Assim, o consumidor saberá se o item pesquisado pode vir a causar danos à saúde ou se há algo ilegal em sua cadeia produtiva, como uso de trabalho escravo. Tudo isso em questão de segundos.

“Ferramentas como essa vão revolucionar porque trazem a informação instantaneamente. Quando compramos, precisamos de dados claros, rápidos e objetivos. Vamos entrar em um tempo de transparência radical e nós, geralmente, não temos parâmetros para avaliar se um produto é legal ou não em relação ao cuidado com o meio ambiente e com as pessoas. O exercício do consumo consciente induzirá as empresas a mudarem aqui no Brasil também”, diz o jornalista.

Consumo excessivo vira fator de exclusão
As redes sociais, tais como Twitter, Facebook e Orkut, também são grandes canais onde a lógica do ‘comprar excessivamente’ tem sido posta em xeque. Há muitos movimentos pró-consumo nessas ferramentas, mas o que foi observado no dossiê é que também há ações sendo feitas no sentido de despertar um comportamento mais consciente.

“Detectamos que o consumo excessivo já não é visto com bons olhos. As pessoas estão começando a prestar atenção na geração de resíduos e a pensar nas necessidades de realizar ou não uma compra. O mundo pede que sejamos mais rápidos e, com isso, temos de recorrer a alternativas que possam corresponder a essa rapidez. Embora a tecnologia nos ajude, ela também nos induz a uma obsolescência forçada”, diz Luís Bouabci, especialista em rede da MobConsult.

Smartmobs e geração mais colaborativa
A mobilização via tecnologias tem sido uma tônica nos últimos anos. Um exemplo disso foi o que ocorreu na Espanha, após o atentado na estação de Atocha, em 2004. Vários espanhóis enviaram mensagens via SMS para que todos se reunissem em favor dos mortos. Nessas mensagens, a repetição da palavra “pásalo” (repasse) tornou-se um ícone. O resultado veio dias depois, quando as pessoas se reuniram de maneira espontânea para protestar contra o governo por ter ocultado dados sobre a verdadeira causa do atentado. Os mobs são uma maneira inteligente, segundo Bouabci, de expandir os conceitos e ajudar na difusão de um pensamento mais consciente de consumo.

Além disso, a geração atual, mais ligada na internet e em tecnologias, está crescendo em um ambiente colaborativo. “Troca de dados e mensagens, fóruns e redes de discussão já estão na ordem do dia. O melhor exemplo disso é o Linux e o Mozilla Firefox. Diferentemente da geração que tem 30, 40 anos, os jovens de hoje estão mais dispostos a compartilhar ideias e trabalhar em conjunto”, conta Bouabci.

Mídia tem papel essencial
Grande parte dos fabricantes ainda não investe na transparência quando o assunto é rotulagem de produtos. Embora o Brasil ainda apresente uma alta taxa de analfabetismo funcional, a tendência é que o consumidor busque mais informações nos rótulos e siga o que está sendo observado no mundo. A mídia, nesse ponto, tem um papel importante para fazer valer essas mudanças.

“O que se vê hoje em dia é que os profissionais de comunicação têm uma grande dificuldade para entender essas questões socioambientais e passá-las por meio de uma ação, de uma reportagem ou de uma campanha. Esse dossiê tem o objetivo de trazer informações para que eles possam entrar em contato com uma comunicação mais consciente e entendê-la melhor”, diz Paula Faria, idealizadora do portal UnoMarketing, em entrevista ao site.

Fonte