quinta-feira, 25 de março de 2010

Internet Desafia Metodologias e Resultados de Pesquisa

Boa Tarde,

Ausentei-me do blog nos últimos dias por questões particulares. A falta de tempo e o excesso de trabalho, me fez deixar o blog sem atualizações por 10 dias.

Portanto, segue um artigo publicado no Mundo do Marketing sobre a mudança do comportamento do consumidor que afeta, diretamente, o resultado de pesquisas.

Internet Desafia Metodologias e Resultados de Pesquisa
Mudança no comportamento do consumidor e técnicas estão na pauta de discussão

A pesquisa está entre as centenas de atividades que a internet provocou mudança radical. Além de ser mais um ambiente de interação, relacionamento e consumo a ser considerado por quem analisa o comportamento do consumidor, ela serve de campo de observação da realidade em tempo real. Não é por acaso que o tema esteve presente em praticamente um terço das apresentações discutidas no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa de Mercado, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa.

A web mudou o comportamento das crianças brasileiras de 4 a 12 anos. Elas são as que mais acessam a internet no mundo, segundo pesquisa realizada pela Millward Brown Brasil em 12 países. Aqui, elas passam 13 horas conectadas principalmente jogando on-line. Com a web, as crianças se tornam multiplataforma e superconectadas. O desafio das marcas é chamar atenção delas com uma experiência divertida.

O estudo brasileiro envolveu oito grupos de discussão, formados por mães e crianças das classes ABC. Hoje, o brinquedo divide espaço com a internet e com o celular. O diário virou blog e não são mais os pais que escolhem o que as crianças compram, mas elas próprias. Assim como a TV, todos querem ter o seu computador no quarto, o que na classe C é aspiracional. Quando o assunto é rede social, os pré-adolescentes são a maioria por a utilizarem como convívio.

Branding digital

A internet ganha também um papel cada vez mais importante na construção de marcas. “É o que chamamos de círculo virtuoso do branding, onde consumidores digitais são mais jovens, mais bem informados, pesquisam mais e compram mais pela web. O conhecimento sobre marcas os tornam influenciadores de outras pessoas. Por isso, vale a pena investir neste consumidor”, afirma Valkiria Garré (foto), Diretora Executiva da Millward Brown do Brasil.

Os adolescentes estão buscando jogos, redes sociais, músicas, vídeos e mensagens. Já os adultos estão em busca de notícias, basicamente. Pesquisa feita pela Millward Brown do Brasil aponta para um relacionamento entre adolescentes e marcas baseado em roupa, tênis e tecnologia. “Apesar de extremamente ativo na web, o jovem tem dificuldade de falar de propaganda na internet. Tanto positiva quanto negativamente”, diz Valkiria.

Assim como os mais jovens, os adultos também procuram marcas na web após verem uma propaganda na TV. Como a Coca-Cola, por exemplo. O estudo mostra que 13% dos internautas descobriram a marca de refrigerantes na internet por meio da TV. Outro dado interessante é de que, tanto adultos quanto jovens, pesquisam preços na web e compram na loja por motivos de segurança.

Etnografia Digital

A chamada Etnografia Digital também ganha força e se percebe que as mulheres da classe C que acessam a internet ganham uma nova vida digital. É o que indica a pesquisa desenvolvida pela Predica e pela Multifocus com mulheres, donas-de-casa, de 25 a 49 anos, de São Paulo. Quarenta por cento delas passam mais de duas horas conectadas por dia, sendo que 83% acessa a rede todo os dias, principalmente a tarde. O estudo mostra os hábitos de navegação e indicam a preferência por sites de relacionamento (44%), informação (38%), entretenimento (10%), compra on-line (6%) e serviços (2%).

Durante 11 dias de levantamento, o estudo apresentado por Claudia Woods (foto), diretora de inteligência e Marketing da Predicta, registrou 94.250 acessos e 2.700 links diferentes. A internet reflete uma mudança de hábito das mulheres. Trinta e três por cento delas a utilizam como passatempo melhor que a televisão, 78% se sentem mais globalizadas, 15% chegou a se dizer mais inteligente e 26% se sentem seguras em comprar on-line. Elas ainda participam de redes sociais (94%), acessando principalmente o Orkut.

Estas mulheres também vão ao banco virtualmente (23%) e acabam migrando seus hábitos de consumo para o ambiente on-line, principalmente com relação a mídia, pois 66% delas estão lendo menos jornais, 61% assistem menos a TV e 54% ouvem menos o rádio. Na hora de comparar preço, mais de metade (60%) afirmou que não gasta mais sola de sapato indo às lojas, fazendo a comparação on-line.

Pesquisa on-line

Para as empresas anunciantes na web, duas ótimas notícias: 55% lembram de propagandas on-line e 32% delas já participaram de promoções pela internet. Na hora de comprar, 63% buscam informação de produtos nos sites das empresas e 12% publicam suas opiniões sobre uma marca em fóruns e comunidades.

E a pesquisa pela internet? Avaliar comunicação e fazer pré-teste de campanhas pela internet dá o mesmo resultado que presencialmente, é 50% mais rápido e até 20% mais barato, aponta a GFK Brasil. Um estudo feito para a marca Elsève serviu de caso de sucesso para mostrar que o formato de pesquisa deve e precisa evoluir, assim como a comunicação e o consumidor mudaram nos últimos anos.

Alguns mitos caíram por terra. Da mesma forma que no ambiente tradicional, a pesquisa pela internet está sujeita aos mesmos vieses que a tradicional. Apesar do perfil dos respondentes na web ser mais jovem e com maior poder de consumo, pode-se segmentar a base amostral, tamanho e o acesso ao consumidor on-line hoje. E a riqueza das respostas, é boa? “Não é porque está on-line que terá uma resposta pobre. É possível ter um material de qualidade pela internet”, aponta Cristina Jensen, da GFK.

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segunda-feira, 15 de março de 2010

Para que Twitter, se não usa?

Só na teoria. Metade das empresas que têm o microblog não se relaciona com os clientes pela rede social
Para que Twitter, se não usa?

Em teste feito pela reportagem com 20 empresas, apenas 11 responderam
Ana Paula Pedrosa

O consumidor que procura uma empresa pelo Twitter corre o sério risco de falar sozinho. Apesar de estarem presentes em massa no microblog, a rede social do momento, muitas empresas simplesmente ignoram o que o seguidor tem a dizer. A reportagem testou a comunicação entre as companhias e os usuários do Twitter, enviando mensagens a 20 empresas, das quais 11 responderam, ou seja, 55%.

Foram enviados tweets (mensagens publicadas no microblog) a empresas de diversos setores - shoppings, operadoras de telefonia, redes de varejo, companhias aéreas e Cemig - com perguntas simples, como horário de funcionamento ou pedidos de informação sobre alguma promoção ou serviço.

O setor mais atencioso foi o de shoppings: todos responderam aos questionamentos sobre promoções e horário de funcionamento. Entre as companhias aéreas, apenas a Azul respondeu como remarcar uma passagem.

Entre as quatro operadoras de celular (Tim, Claro, Vivo e Oi), apenas a Oi deu retorno explicando como portar uma linha.

Para as redes de varejo online, o pedido foi de oferta de porta-retrato digital. Das seis lojas procuradas, três responderam. Uma delas, o Walmart, até colocou o produto em promoção e ainda avisou via Twitter. A Cemig, que foi questionada sobre como pedir a troca de uma lâmpada queimada em um poste, também não respondeu.

Falhas. Quem não respondeu está cometendo um dos piores erros que se pode ter em uma rede social, que é não se relacionar, dizem especialistas. "A empresa perde a oportunidade de aproximação que o próprio cliente criou", diz o diretor da Plan B, agência especializada em marketing digital, Daniel Negreiros. Ele diz que a audiência do Twitter é qualificada justamente porque as pessoas escolhem a quem seguir, e as empresas não têm tratado adequadamente esse público.

"É um cliente especial, que vê algum valor naquela empresa e opta por segui-la", concorda o diretor da Web Consult, especialista em marketing digital, Leonardo Bortoletto.

Ele diz que muitas empresas não administram bem as redes sociais e o Twitter, onde estão os maiores erros, justamente por ser uma rede dinâmica, que exige mais agilidade das empresas. Segundo os especialistas, grande parte das empresas vai para o Twitter com a mentalidade da propaganda tradicional, de mostrar o que é bom e esconder o que é ruim, e esse método não funciona no microblog. No Twitter, a receita para ganhar credibilidade é dialogar, mostrando os acertos, tirando dúvidas e explicando os erros.

Ignorado
Questiona promoção e fica sem resposta

O universitário Daniel Faria de Freitas passou pelo dissabor de tentar falar com uma empresa e ser ignorado. Em fevereiro, ele e os amigos questionaram insistentemente a Saraiva a respeito de uma promoção, sem sucesso. “Postamos no Twitter e no Orkut nossa indignação. Enviamos e-mails para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e não tivemos respostas”, diz Freitas.

Ele teve uma foto selecionada para a etapa final de uma promoção que daria um Xbox, o videogame da Microsoft, ao mais votado. Pelo regulamento, a votação seria encerrada às 17h do dia 12 de fevereiro, mas o término só aconteceu uma hora mais tarde.

Daniel conta que pediu votos para os amigos e diz que, no horário previsto para o término da enquete, liderava a votação com folga. “Faltando poucos minutos para as 17h, cheguei a receber os parabéns, pois todos achavam que havia acabado”, diz. Com uma hora a mais de promoção, porém, ele foi ultrapassado por um concorrente.

O diretor de internet da Saraiva, Rodrigo Poço, só foi informado do caso pela reportagem. Ele disse que a empresa está analisando a situação e deverá entrar em contato com Daniel. “Não queremos que ele se sinta lesado”, diz. Poço afirma também que a Saraiva ainda está desenvolvendo um sistema para se comunicar com os seguidores no Twitter e em outras redes sociais. “Hoje, não fazemos isso, mas estamos percebendo essa demanda”, afirma.
Publicado em: 15/03/2010

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Dia do Consumidor

Consumo Consciente, por Têmis Limberger*

Dia 15 de março é o Dia Internacional do Consumidor, porque John Kennedy, presidente dos EUA, em 1962, enviou mensagem ao Congresso sobre a proteção dos consumidores. No Brasil, o direito do consumidor é previsto na Constituição e disciplinado no Código de Defesa do Consumidor. O consumo faz parte da vida de todos, porém não podemos cair no consumismo.

Hoje, vende-se a ideia equivocada de que a felicidade se compra em shopping center, numa cultura de bens e valores descartáveis, em que o consumo nem sempre é motivado por necessidades reais, mas pelo prazer efêmero, perspectiva de aceitação pelo grupo social, ou mesmo pela busca não definida da felicidade, identificada por meio dos produtos consumidos: roupa de marca conhecida, modelo de carro, tênis etc. Nessa ausência de valores, as crianças e jovens são alvos fáceis da sociedade de consumo. A criança influencia 80% das decisões das compras da família, pesquisa da TNS InterScience. Entre as principais causas desse cenário, está a permanente exposição da garotada a ações e campanhas que estimulam o consumo de forma inconsequente. O impacto é potencializado pelo tempo que as crianças e adolescentes passam na frente da TV: são, em média, duas horas por dia, IBGE/2009. A Organização Mundial da Saúde recomenda que esse tempo não ultrapasse uma hora diariamente. Entre as consequências do consumismo exagerado, estão obesidade infantil, erotização precoce, violência urbana, decorrente da busca por produtos caros e a diminuição de brincadeiras criativas, que são fundamentais para o desenvolvimento das crianças. O mercado enxergou nos nossos pequenos uma rentável fonte de lucros e se aproveitou da vulnerabilidade infantil. A criança de quatro anos não consegue diferenciar um comercial de um programa. Por isso, é importante a regulamentação no Brasil da propaganda dirigida às crianças, tal qual ocorre em outros países. Regrar não significa censurar. Assim, indispensável a adoção de medidas preventivas, começando pela conscientização dos cuidadores infanto-juvenis. No centro do problema, estão os valores repassados às futuras gerações. A sociedade de consumo exalta o ter, porém é necessário resgatar valores do ser para fortalecer a dignidade da pessoa humana. É importante lutar pelos direitos do consumidor, mas dizer não ao consumismo.

*Promotora de Justiça

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domingo, 14 de março de 2010

Varejo no Brasil se torna foco do mercado mundial

Varejo no Brasil se torna foco do mercado mundial
Pesquisa da Ipsos mostra mudanças nos hábitos da indústria e dos consumidores

As mudanças climáticas e comportamentais estão refletindo em ações de Marketing no varejo. Desde os anos 1950, a variação de foco da indústria varejista mirou nas vendas, no produto, na propaganda, no Marketing Promocional junto ao ponto-de-venda até que, no ano 2000, o varejo resolveu, enfim, apostar no consumidor e, mais recentemente, no shopper, ou comprador. Isto é o que mostra uma pesquisa da Ipsos sobre a realidade do consumo varejista no Brasil.

Estas mudanças são provenientes das transformações ocorridas no mercado ao longo de 60 anos. Se antes havia uma baixa oferta de produtos e um pequeno número de empresas no setor, a industrialização do varejo e o amadurecimento do consumidor trouxeram a concorrência. Em seguida, já nos anos 1990, a internet apresenta lojas virtuais e o consumidor passa a ser o objeto de desejo das empresas, que, por sua vez, investem em programas de fidelidade por necessidade.

No mercado atual, o poder está totalmente concentrado em quem compra e não mais em quem vende. As empresas já começaram um processo de produção para consumo rápido, saturação de mensagens e o controle para que elas não se tornem evasivas. São muitas mudanças, de fato. A bola da vez é a aplicação e não mais o discurso apenas, sobre os efeitos do consumo no meio ambiente.

Brasil no centro do varejo mundial
A segmentação está em voga. Se antes a indústria varejista baseava-se em seu conhecimento de mercado, hoje não há espaço para uma empresa que não analisa e nem valoriza o comportamento, os hábitos e as preferências de seus consumidores. “A realidade hoje é outra. Antes a marca criava o produto e o vendia. Agora o varejista analisa o comportamento do consumidor para elaborar um produto”, diz Valéria Rodrigues, diretora de varejo da Ipsos.

Durante a reunião do Comitê de Promoção, Trade e Varejo da ABA Rio, realizada na ESPM-RJ, Valéria apresentou as tendências discutidas durante a NRF 2010, evento mundial sobre as novidades e expectativas do varejo. Os planos para os próximos anos animam até o mais pessimista empresário brasileiro. A expectativa é de que o país cresça 5,5% no PIB, que o investimento estrangeiro aumente 46% e que a produção industrial cresça 8,41% em 2010 em relação a 2009.

Em outras palavras, o Brasil é a bola da vez no varejo mundial. Com cerca de 66 milhões de internautas (dados da Ipsos em 2008), 61% deles está enxergando o e-commerce como comodidade para não ter que sair de casa para efetuar uma compra. De acordo com a pesquisa feita há dois anos, o preço (51%), a facilidade (44%), a rapidez (34%) e a segurança (28%) são os principais diferenciais das lojas virtuais.

Internet X sustentabilidade
O e-commerce apresenta grande aceitação no Brasil indiferente da classe social do internauta. Basta ver os dados de outra pesquisa da Ipsos no ano passado, que mostram uma pequena variação entre a intenção de compra de e-consumidores das classes A, B, C e D.

Falar de internet e consumidor hoje é sinônimo de redes sociais. “Nelas, 34% dos internautas brasileiros já postaram algum texto sobre marcas e empresas”, aponta Valéria. A afirmativa é baseada em uma pesquisa da McCann em 2008. No Brasil, esta atividade é mais comum que no resto do mundo. O mesmo estudo constatou que o português é o terceiro idioma mais popular do Twitter, ou seja, 9% dos posts em todo o planeta são feitos na nossa língua.

A outra tendência do varejo é a sustentabilidade. Se já não bastasse salientar a importância disso diariamente e tornar, às vezes, este assunto em algo repetitivo, a verdade é que o tema deixa de ser discurso para ser estratégia. Veja o Walmart Brasil. Entre suas metas para os próximos anos, há um planejamento sustentável para produtos, clima e energia, e resíduos dos pontos-de-venda.

Indústria e consumidor engajados
“A empresa já fala em sustentabilidade há três ou quatro anos, com metas agressivas que englobam a companhia de ponta a ponta. Sem falar que uma em cada três pessoas busca informações sobre sustentabilidade nas empresas”, afirma a diretora de varejo da Ipsos com base em um estudo feito pelos institutos Akatu e Ethos entre 2006 e 2007.

A tendência da sustentabilidade no varejo brasileiro não é só por parte da indústria. O consumidor também está engajado na causa. Prova disso é que o Brasil tem o mesmo índice de consumidores que mudaram seus hábitos de compra para ajudar o meio ambiente do que média da América Latina. Em compensação, na Europa este índice é de meros 8%, seguido de 11% dos americanos.

Porém, os números apresentados pelos consumidores do velho continente e os da terra do Tio Sam não significam despreocupação com a causa verde. “Na Europa, por exemplo, fala-se menos em mudança de hábitos em prol do meio ambiente porque lá os consumidores mudaram seu comportamento de compra há muito tempo”, conta Simone Terra, diretora da Simone Terra Soluções de Mercado e Conselheira do Comitê de Promoção, Trade e Varejo da ABA.


Marcas próprias ganham mercado
Outra tendência do varejo são as marcas próprias. Hoje, estes produtos já fazem parte da lista de compras de muitos brasileiros e mais ainda dos consumidores europeus e americanos. A Ipsos constatou que sete entre cada 10 shoppers avaliam as marcas próprias como produtos de qualidade tanto quanto os itens mais caros das gôndolas.

Dentre os fatores que contribuíram para o crescimento e a aceitação destes produtos na indústria e nos lares é a confiança na rede varejista em primeiro lugar. Além de serem vistos com qualidade igual a dos produtos líderes de mercado, o menor preço destes utensílios de marca própria são vistos como resultado de um esforço comercial para atender as necessidades dos consumidores.

A pesquisa apontou para 43% de americanos e 41% de europeus que compram estes produtos com frequência. No Brasil e na América Latina, são 32% e 37% respectivamente. Segundo dados da Nielsen, no ano passado os itens de marca própria aumentaram 23% em relação a 2008. "Em breve, as marcas próprias se equipararão às líderes de mercado”, prevê Valéria.


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Gifting

Gifts promovem vínculo entre marcas e consumidores
Coca-Cola, McDonald's, Giraffas e Banco do Brasil mostram resultados com gifting

O consumidor muda, o mercado se transforma e o Marketing se reformula, mas uma coisa permanece: o gift. Os tradicionais brindes oferecidos aos clientes ainda são um forte ponto de contato e uma importante forma de promoção. Com eles, é possível gerar trocas e criar vínculos entre pessoas e marcas. Coca-Cola, McDonald’s, Giraffas e Banco do Brasil são alguns dos muitos exemplos de empresas que não abrem mão dos presentinhos para permanecerem sempre lembradas.

O gift ideal depende da ação e varia do mais simples ao mais elaborado. O gifting também não se apoia apenas em lembrancinhas materiais. Pode vir na forma de experiências e sensações, como viagens, jantares, encontros com personalidades, tudo de acordo com a história que a marca deseja contar e o objetivo do projeto.

“Um brinde depende do contexto da ação, que pode transformar um gift simples, como um lápis, em um objeto desejado. Mas o objeto tem que contar a história da marca que o entrega. Um lápis sem história fica completamente perdido no contexto”, explica Marina Pechlivanis, sócia-diretora da Umbigo do Mundo, agência especializada em gifting, e autora do livro Gifting, em entrevista ao Mundo do Marketing.

E essas ações podem ser as mais variadas. “Todas que demandem tridimensionalização de vivências, eventos e relacionamentos. Vale para Endomarketing, Marketing Direto, Marketing de Relacionamento, promoção de vendas, tanto para o mundo real, quanto para o virtual”, conta Marina. “A etiqueta do gifting está em saber a hora certa, a pessoa certa, o local certo e, principalmente, a oportunidade certa”, sugere.

Gifting exige conhecimento profundo sobre ação
Descobrir a forma certa para presentear os consumidores é uma questão de conhecimento profundo a respeito deles. “Um Gifting Guide, por exemplo, requer noções de Style Guide e Concept Guide de uma marca, para, a partir dessas premissas, construir o ritual de trocas adequado à realidade da empresa”, diz Marina, articulista do Mundo do Marketing sobre o assunto.

É fundamental, também, estar atento às mudanças de comportamento do consumidor. “O que servia para uma criança de quatro anos antes, hoje é para uma de dois”, aponta a especialista. Oferecer brindes colecionáveis é um dos caminhos para agradar consumidores de todas as idades e manter forte a lembrança da marca.

É o caso da Coca-Cola, com suas mini-garrafas, bottons, copos e uma infinidade de objetos personalizados. Hoje, inclusive, os fãs podem comprar produtos que levam a marca. “Neste caso somou-se uma marca desejável transferindo seu endosse para objetos também desejáveis. Ao longo dos anos, a Coca-Cola trabalhou o conceito de colecionável. Assim, um objeto de desejo se transforma em objeto de afeto, criando laços com quem o possui. Por trás desse sucesso há planejamento e, principalmente, investimento”, comenta Marina.

Os gifts e o fast-food
Seguindo esta linha, o McDonald’s é sinônimo de gifts, com o seu McLanche Feliz. Os brinquedos licenciados com personagens populares entre a garotada e o forte investimento em mídia fazem com que os brindes sejam verdadeiros objetos de desejo e, em muitos casos, esgotem em tempo recorde.

Outra rede de fast food que aposta nos presentes para os consumidores é o Giraffas. Assim como o McDonald’s, O Giraffas também foca o entretenimento, mas busca dar um sentido educacional para os seus gifts. Responsável pela conta da empresa há seis anos, a Umbigo do Mundo desenvolveu ações como a GiraEducação no Trânsito, em parceria com o Instituto Ayrton Senna.

Nas lojas, as crianças ganhavam um dos quatro kits com carrinhos de corda, pistinhas e acessórios para montar, na compra de um prato ou lanche. Os produtos vinham acompanhados de cartela de adesivos para personalizar os kits e uma tirinha ilustrativa do Senninha com dicas de educação no trânsito, como a importância das placas de trânsito, da faixa de pedestres, das crianças no banco de trás e do uso do cinto de segurança.

“Em 2009 investimos cerca de R$ 10 milhões em ações e campanhas de Marketing. Dentro deste valor está o investimento dedicado à produção das GiraSurpresas. O principal retorno dos gifts é a fidelização e o relacionamento que eles nos permitem criar com os nossos clientes. Queremos conquistar esse consumidor quando criança e criar um relacionamento de longo prazo com ele”, afirma Luciana Morais, Gerente de Marketing da rede Giraffas, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Tendências minimalistas para gifts
A Elegê também investiu em brindes colecionáveis no final de 2009. Quem comprasse 12 litros do leite e outro item do portfólio poderia trocar o cupom fiscal por uma das seis vaquinhas Toy Art. Mesmo com a crise no último ano, não foi observada uma diminuição no número de ações de gifting. A retração serviu para ditar algumas tendências que começam a ser colocadas em prática.

Se a moda era oferecer gifts sustentáveis, como ecobags, blocos de folhas e embalagens recicladas, agora o momento pede uma reflexão sobre o que realmente é necessário. “Acredito que a sustentabilidade já se incorporou ao processo. Percebo agora um caminho que foca o minimalismo, um investimento consciente. Repensar a utilidade dos brindes e os formatos de embalagem”, acredita Marina, da Umbigo do Mundo.

Redefinir o desperdício é a tendência da vez. Para a especialista, não é suficiente ser ecológico e reciclado, deve-se questionar o custo para a produção disso e sua real necessidade na vida do consumidor. Hoje é mais importante gerar fidelização e relacionamento contínuo, a partir de objetos, experiências e sensações, tendo em mente a economia de dinheiro e de recursos. Sabendo rastrear o perfil que deseja atingir e estando alinhadas às tendências, as marcas encontram nos gifts uma forma de estarem sempre presentes no universo do consumidor.

“O segredo está em pensar de forma consistente e contínua, implementando ações que se transformem em narrativas corporativas por intermédio de objetos, experiências e sensações que se inserem no universo particular das pessoas. Gifting é mídia, precisa de frequência, cobertura e, principalmente, planejamento”, Marina dá a dica.

Gentileza gera gentileza
Uma prova de que um gift simples pode ser bastante relevante quando se conta a história certa são as ações desenvolvidas durante o Unomarketing, Feira e Seminário de Marketing Sustentável, em junho do ano passado.

Abrangendo a essência do gifting – dar, receber e retribuir –, a Umbigo do Mundo desenvolveu ações que envolviam sensações, benefícios e emoções durante o evento. A idéia da Sator, organizadora do Unomarketing, era abordar o público com pequenas gentilezas. Por isso, logo na entrada, os visitantes eram recepcionados com aroma de bambu (referência à sustentabilidade) e trilha sonora composta especialmente para a ocasião.

Além disso, três atores caracterizados de vendedores passavam mensagens de gentileza, convidando as pessoas a retribuírem. Aqueles que fossem receptivos recebiam o adesivo do “Ciclo Gentileza”, que dava direito a trocar por um presente: um oráculo com 30 frases sobre gentileza e um bloquinho. Para fazer anotações, os consumidores podiam passar no estande da Faber-Castell e retirar um lápis.

Banco do Brasil promove cartão com gifts
A presença de gifts em eventos é praticamente tão comum quanto o comparecimento do próprio público, que, muitas vezes, já espera sair do local com presentinhos. Durante a São Paulo Fashion Week em janeiro do ano passado, o Banco do Brasil preparou cinco gifts que foram distribuídos para os convidados do segmento Estilo no lounge da marca.

Alinhada ao tema do evento – Brasileirismos – a empresa ofereceu gifts inspirados na brasilidade e na ambientação do lounge, que era um boteco. Entre os brindes estavam lenços e faixas de cabeça acompanhados de um livreto com dicas de uso, porta-copos, copos para chopp ou caipirinha, sacola em ráfia e customização de tiaras.

Já na edição seguinte do evento de moda, o Banco do Brasil resolveu oferecer em seu espaço serviços como oficinas de customização de boinas e caricaturistas, além de shows de dança e DJs que mixavam músicas modernas com canções francesas em ritmo brasileiro. A iniciativa homenageava o Ano da França no Brasil, que era também o tema da edição. Os convidados ainda recebiam buttons e ecobags criados pelos estilistas Lilian Thomaz e Ronaldo Fraga.

Para a última edição do SPFW, realizada este ano, o BB Estilo ofereceu caixas de som para iPod, pasta de neoprene para notebook, apitos metálicos, minibolas de futebol, camisetas e ecobags. Os brindes estavam inseridos no tema da semana de moda “Linguagens”, que homenageava a internet e a conectividade, e a ação pretendia divulgar o cartão temático Ourocard Visa Copa do Mundo Fifa 2010.

O maior de todos
É da Parmalat o maior caso de sucesso no Brasil quanto o assunto é gift colecionável. A empresa lançou a promoção Mamíferos em 1997 e trocou mais de 15 milhões de bichinhos de pelúcia em quase três anos. O projeto previa a troca de apenas 1,2 milhões de 12 modelos durante três meses na compra de 20 unidades de leite mais R$ 8,00. Ação acabou com 21 gifts e um aumento de 20% nas vendas da empresa.
Campanha Parmalat 1997

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quarta-feira, 10 de março de 2010

Consumo X Consumismo

Para encerrar as postagens de hoje, segue um texto ótimo sobre Consumo X Consumismo. Muito bom o artigo, a visão do autor e automaticamente a certeza de nos fazer pensar.

Consumismo e alternativas
“Consumismo” é consumir em excesso. Mas...o que é excesso mesmo?

Tornou-se praxe acusar o "consumismo" de causador de todos os males da sociedade contemporânea, sejam eles de cunho social (como a violência) ou ambiental (aquecimento global, poluição etc.).

Sem entrar no mérito da relação de causa e efeito propugnada nesses discursos, o que sempre me chama a atenção é o significado popularmente emprestado ao termo "consumismo".

Numa definição simples, poderíamos afirmar que o consumismo é o consumo em excesso. E "excesso" seria a compra que vai além do necessário, que atende apenas a "desejos e caprichos".

O problema é que "necessidades" e "desejos" não são conceitos definitivos, indiscutíveis. Pelo contrário; são bem abstratos, indefinidos, quase pessoais. À exceção das necessidades físicas (alimento, abrigo, sono, sexo), todas as demais são culturalmente construídas, de modo que necessidades ou desejos de consumo são tão verdadeiros e legítimos quanto quaisquer outros. O consumo é, em nossa sociedade, uma resposta a questões humanas, e não mero canal de suprimento de carências físicas.

Além disso, o tal "consumismo" não ocorre contra a vontade das pessoas. Ele representa, hoje, a vontade das pessoas. E mesmo que todos prontamente se engajem em discursos anticonsumistas, são poucos os que realmente mudam seu padrão de vida em função de uma pretensa consciência. Por quê? Voltamos ao parágrafo anterior: porque cada um tem a sua visão do que seja "consumismo" e "exagero", já que cada um entende "necessidade" e "desejo" de maneira diferente. Todos temos nossas próprias razões para dirigirmos carros que poluem, acumularmos roupas e mais roupas no armário, ou adotarmos sem remorsos as convenientes embalagens plásticas de decomposição lenta.

Beco sem saída, portanto? Nem tanto. Meu palpite é que embora o tal "consumismo" seja fruto da economia de mercado, não é seu subproduto inevitável.

Se há uma ideologia que afirma que o valor de uma pessoa se mede pela quantidade de bens que possui, há que se incentivar a construção de outra, tão forte quanto, que estimule o desenvolvimento de dimensões de prazer, satisfação pessoal e reconhecimento do indivíduo pelos seus pares que não apenas através da acumulação material.

Religião, família, atividades intelectuais e artísticas, o que seja: grupos de interesse aos quais as pessoas possam se filiar e nos quais o ethos dominante não seja o do progresso material.

Desejos e necessidades dependem do contexto, do ambiente no qual se convive. Se for estimulada a convivência em espaços nos quais as posses sejam menos valorizadas, é mais provável que as noções do que "precisamos" e "queremos" mudem.

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Sucesso com Redes Sociais - 7 Pontos a Analisar

Não fui à aula hoje, pois tive um treinamento na empresa e chegaria um tanto atrasada na faculdade. Optei por vir para casa. Aproveito o tempinho livre para fazer mais uma postagem bastante interessante que linka uma série de matérias sobre o tema mais falado no momento: Redes Sociais, claro.

Sete Pontos para Sucesso com Redes Sociais
por John Soat

Como as companhias podem construir um case de sucesso e tirar maior proveito desses importantes canais

Qual o retorno?
Se tornar público ou se manter privado?
E quanto às regras?

É hora de falar sério. Os maiores adeptos às redes sociais usam palavras como: comprometimento, responsabilidade e transparência que relembram os tempos da Internet hippie, nos anos 1990; mas as redes sociais já provaram ser muito mais do que uma moda passageira. As explosões nos números de usuários registrados em redes populares, como Facebook e Twitter, causaram espanto até mesmo nos estatísticos mais experientes. O tempo gasto nestes sites aumentou 277%, nos Estados Unidos, no ano passado, de acordo com uma pesquisa realizada pela empresa Nielsen, e o Twitter cresceu mais de 500%.

Hoje, a categoria "rede social" está preparada para emergir como o mais importante facilitador de negócio desde a internet em si. Para aproveitar todo o potencial desses espaços, as empresas devem priorizar sete pontos cruciais nos próximos doze meses. Nesses pontos se escondem as diferenças entre o sucesso e o fracasso na década que se inicia.

- A concorrência continua investindo em redes sociais
- Onde está o retorno?
- O que funciona melhor?
- Quão profundo as redes sociais devem penetrar em minha empresa?
- A necessidade de uma política corporativa para redes sociais
- O que as mídias sociais podem ensinar sobre colaboração interna
- O que vem depois?

[Para finalizar, uma pesquisa sobre o que as empresas esperam depois de entrar de cabeça nesse mundo virtual, no mundo das redes sociais]

- Pesquisa: o que as empresas esperam?

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Internet - Melhor Vendedor

A internet pode ser o melhor vendedor da sua empresa
Conheça os principais recursos de marketing digital utilizados por empresas que estão crescendo até 120% ao ano na internet
Por Silvio Tanabe*

O que uma empresa de treinamentos, uma loja especializada em decoração e uma metalúrgica podem ter em comum? Mais do que você pode imaginar.

O Grupo Luz, a PortCasa e a Geguton comemoraram crescimento de até 120% em seus negócios em um ano marcado pela crise econômica mundial que derrubou diversos países (e companhias) e fez o governo celebrar o crescimento zero apresentado pelo PIB brasileiro como uma façanha. Para alcançar estes resultados, as três investiram na internet como uma de suas principais ferramentas de vendas.

O Grupo Luz, de Ribeirão Preto, aumentou em 40% o número de matrículas de seus cursos de fotografia com campanhas nas mídias e redes sociais. Em São Paulo, a PortCasa cresceu 120% em apenas um ano investindo pesado em marketing digital para sua loja eletrônica. E a gaúcha Geguton aumentou seu cadastro de clientes ativos em 70% ao facilitar as compras em seu site.

São exemplos concretos de empresas que estão aproveitando para surfar na grande onda da internet no Brasil, que já engloba 66 milhões de brasileiros, praticamente um terço da população.

Números, aliás, não faltam para justificar os investimentos em marketing digital no país. O brasileiro é o que passa mais tempo online no mundo, uma média de 44 horas/mês, e está entre os que mais acessam as redes e mídias sociais como Orkut e Twitter. Com uma presença tão marcante, não é à toa que a internet seja cada vez mais importante, inclusive na forma como compramos. Pesquisa realizada recentemente pelo Datafolha revelou que 38% dos consumidores das classes A e B e 30% da classe C levam em consideração informações de sites para escolher produtos, marcas e lojas. São as pessoas que movimentaram cerca de R$ 10,5 bilhões no comércio eletrônico em 2009.

Para se obter taxas de crescimento de dois a três dígitos por ano não basta jogar a prancha na água, ou seja, montar o site ou loja virtual e esperar os contatos e pedidos. Requer planejamento de uma série de ações de comunicação, o que chamamos de marketing digital. E a rápida evolução da tecnologia, o surgimento de novos recursos e tendências faz com que estas ações tenham de ser cada vez mais coordenadas para atingir seus objetivos. Seguem abaixo os principais recursos e como podem ser melhor utilizados para alavancar seus negócios.

Site com “usabilidade”: Usabilidade significa facilidade de uso. Quanto maior a usabilidade em um website, maior a rapidez do usuário em aprender a utilizá-lo e a encontrar o que procura. Quanto mais fácil e mais rápido for encontrar o que interessa, maior a satisfação da pessoa que o visita e maiores as chances de um contato efetivo. Ou seja, a palavra de ordem hoje é simplicidade, portanto nada sites pirotécnicos, com introdução animada, geralmente feitos com programação Flash, que demoram uma eternidade para carregar. Ninguém tem mais paciência para isso.

Otimização: É também chamada SEO (das iniciais em inglês para Search Engine Optimization, otimização para mecanismos de busca). De forma simples, a otimização pode ser entendida como uma série de técnicas para estruturar as principais informações sobre a sua empresa, produtos e serviços contidas no site de forma a serem mais facilmente localizadas pelos buscadores. A base desta organização são as palavras-chave, frases e títulos dos conteúdos do site, que devem ser específicas, constantemente atualizadas e estar diretamente relacionadas aos negócios, serviços ou produtos da empresa.

Mas atenção: a otimização só funciona em sites construídos em uma programação que permita aos buscadores identificarem estas palavras, por isso mais um motivo para não usar o Flash, pois além de tornar o site mais “pesado” para carregar, também dificulta a localização das palavras-chave.

Publicidade online: é a propaganda feita na internet e se divide de duas formas. A primeira é por meio de links patrocinados em sites de busca, como o Google Adwords ou o Yahoo! Search Marketing, e é indicado para venda direta. Por exemplo, se você possui uma loja de câmeras fotográficas, pode vincular seu anúncio para aparecer ao lado dos resultados relacionados à fotografia.

A segunda é por meio de anúncios (também chamados banners) em sites, redes e mídias sociais relacionados ao produto ou serviço, sendo indicada como publicidade institucional. Nesse caso, o ideal é vincular o anúncio da sua loja de câmeras fotográficas em sites e comunidades especializados em fotografia.

As duas vêm revolucionando a publicidade por serem extremamente acessíveis (qualquer empresa pode iniciar sua própria campanha com orçamento modesto) e permitir a mensuração dos resultados das mais diversas maneiras, sendo ideal para pequenas e médias empresas. Porém, a simplicidade em criar e colocar no ar as campanhas pode ser enganosa. Se não forem atualizadas constantemente para acompanhar as mudanças da concorrência, corre o risco de não gerar os resultados esperados.

Inteligência de Mercado: Os mecanismos de busca como o Google oferecem gratuitamente ferramentas para monitoramento. Permitem mensurar, por exemplo, qual a “audiência” do site da empresa (origem geográfica, páginas mais visitadas, tempo de permanência, como o internauta chegou ao site, quais conteúdos influenciam no processo de compra) e a tendência e procura mensal por palavras-chaves (entendam-se, neste caso, produtos ou serviços oferecidos por sua empresa), assim como o posicionamento do site e dos concorrentes nas pesquisas. É uma forma eficaz e acessível de inteligência de mercado.

Redes Sociais: Redes sociais como Orkut, Facebook, Plaxo, MySpace etc., assim como as mídias sociais (Twitter, Flickr, Slideshare e congêneres) são o grande tema do momento da mídia. Diariamente surgem casos de empresas que as utilizaram com sucesso, levando muitos especialistas a declarar que o futuro dos negócios está nestas plataformas.

Exageros à parte, não há como contestar sua importância como canais de comunicação direta entre a empresa e seus clientes. Mas antes é preciso entender como funcionam, como seu público-alvo interage e, com base nestas informações, definir as mais adequadas, monitorando os resultados.

e-Mail Marketing: A propaganda por e-mail é uma das mais conhecidas e eficazes ferramentas de marketing digital que se tem notícia. Pesquisa realizada recentemente revelou que 64% dos entrevistados afirmaram fazer compras após o recebimento de um e-mail promocional. Em contrapartida, é uma das mais mal utilizadas. O primeiro passo de uma campanha é estabelecer objetivos e uma estratégia sobre como utilizar as diferentes formas de mensagem. Um e-mail marketing pode ter diferentes propósitos: transmitir informações relevantes para o receptor (caso das newsletters), oferecer uma promoção, destacar os diferenciais de seus produtos e serviços, ser uma ferramenta de relacionamento (com cumprimentos de aniversário, ano novo, novo cliente, promoção no cargo etc.).

*Silvio Tanabe é consultor de marketing digital da Magoweb e autor do blog Clínica Marketing Digital.

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terça-feira, 9 de março de 2010

E-consumidor Satisfeito

Bom, amanhã é quarta e vou me ausentar da net por causa do trabalho e da faculdade. Imagino que não vá postar nada por aqui, a menos que eu encontre algo bem legal. Logo, estou postando o que tenho de melhor no momento - hoje.

E-consumidor Satisfeito
Escrito por Redação
Qua, 03 de Março de 2010 15:26

O comércio eletrônico brasileiro iniciou o ano de 2010 em alta na avaliação do comprador online. Das pessoas que fizeram compras pela rede em janeiro, 86,28% disseram estar satisfeitas com a transação, segundo o Índice de Confiança do e-consumidor, estudo desenvolvido pela e-bit, empresa especializada em informações de e-commerce, em parceria com o Movimento Internet Segura (MIS), comitê da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), dedicado a atuar na educação do usuário para evitar que ele caia em golpes aplicados na rede.

A coordenadora do MIS, Marinês de Assis Gomes, destaca que, no ano passado, este patamar de 86% só foi alcançado no mês de abril. “O resultado do estudo em janeiro mostra que as lojas eletrônicas brasileiras estão cada vez mais preparadas para suportar volumes cada vez maiores de vendas”, disse.

Segundo o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti, o aumento das encomendas provoca uma pressão na estrutura de entregas e alguns pequenos atrasos acabam impactando na percepção de eficiência do comprador. “Em dezembro e janeiro, o índice costuma cair devido ao grande volume de vendas no Natal e promoções de queima de estoque, aliadas a volta às aulas de janeiro. Mesmo assim, o mês de Janeiro de 2010 foi melhor do que 2009”, comemorou.

O diretor executivo da camara-e.net, Gerson Rolim, lembra que o índice de janeiro foi praticamente igual à média obtida em todo o ano de 2009, 86,3%. “Se considerarmos que em janeiro já tivemos uma marca superior aos três primeiros meses do ano passado podemos projetar uma média bastante superior para 2010”, comentou.

Ao todo foram coletados pela e-bit mais de 140 mil questionários de 01 a 31 de janeiro. Nas pesquisas, os e-consumidores são estimulados a expressar o nível de satisfação com base em 10 quesitos: Facilidade de Comprar, Seleção de Produtos, Informação sobre os Produtos, Preços, Navegação, Entrega no Prazo, Qualidade dos Produtos, Qualidade do Atendimento a Clientes, Política de Privacidade e Manuseio e Envio dos Produtos.

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Gestão de Marketing Digital e RP 2.0

Eu quero, eu quero, eu quero!!!

Gestão de marketing digital e RP 2.0 são temas de cursos em São Paulo
Por Redação do IDG Now!
Publicada em 08 de março de 2010 às 11h10
Atualizada em 08 de março de 2010 às 11h14

Aulas serão ministradas nos meses de março e abril e pretendem aplicar conceitos de mídias digitais ao mundo dos negócios.

A São Paulo Digital School ministrará neste mês o curso "Relações Públicas 2.0", que discutirá estratégias de relacionamento nas redes sociais, blogs, fóruns e comunidades virtuais.

As aulas abordarão como se dá a troca de informações entre clientes e consumidores na rede, com o objetivo de facilitar o entendimento sobre as melhores estratégias de atuação no ambiente digital.

Ele custa 350 reais, valor que pode ser parcelado em até 12 vezes no cartão de crédito.

O curso de “Gestão de Marketing Digital”, por sua vez, tratará dos blogs corporativos, perfil do consumidor digital e comunicação, mídias sociais e marketing móvel.

Programado para abril e também ministrado pela São Paulo Digital School, ele é voltado a estudantes ou recém-formados nas áreas de administração, marketing, publicidade e comunicação. Haverá duas turmas em horários e dias distintos para atender a demanda de alunos.

De acordo com o instituto, o objetivo é iniciar ou aperfeiçoar a formação dos profissionais de empresas ou departamentos digitais. O investimento no curso é de 390 reais, valor que pode ser parcelado em até 12 vezes.

Serviço 1
Relações Públicas 2.0
Data: de 22/3 a 24/3 - 19h às 22h.
Local: São Paulo Digital School - Rua Ministro Godói, 478, Conjunto 41 / Perdizes.
Valor: 12x de 350 reais.
Inscrições no site da SPDS.

Serviço 2
Gestão de Marketing Digital.
Data: de 6/4 a 8/4 - 9h às 12h / de 12/4 a 14/4 - 19h às 22h.
Local: São Paulo Digital School - Rua Ministro Godói, 478, Conjunto 41 / Perdizes
Valor: 12x de 390 reais
Inscrições no site da SPDS

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O Consumo Consciente Crescerá no Brasil

Segue artigo publicado no Mundo do Marketing:

Consumo consciente ainda é pequeno, mas vai crescer no Brasil
Brasileiro vem procurando versões mais sustentáveis dos produtos, está mais crítico em relação às empresas e poderá usar a tecnologia para compartilhar informações
Por Gabriella Coutinho

O comportamento do consumidor no Brasil vem mudando quando o assunto é sustentabilidade. De acordo com o dossiê elaborado pelo portal UnoMarketing em parceria com a consultoria MobConsult e com a revista Ideia Socioambiental, dois em cada 10 brasileiros já levam em consideração o compromisso socioambiental da empresa antes de colocar um determinado produto no carrinho. O nível de engajamento ainda é pequeno se comparado a consumidores dos Estados Unidos e dos países da Europa, mas a mudança de hábito indica que esses números só tendem a aumentar, principalmente com a utilização de novas tecnologias.

A pesquisa constatou que nos últimos 10 anos os consumidores brasileiros têm estado mais atentos e críticos em relação às atitudes tomadas pelas empresas. Além disso, eles têm expectativas positivas com relação às empresas que estão 20% acima da média mundial e uma avaliação negativa que está três pontos acima da média de outros países. Há uma desconfiança maior quanto às informações passadas pelo varejo em geral e, de certa forma, essa atitude está atrapalhando a expansão do consumo consciente no país.

“A verdade é que o brasileiro põe muita expectativa nas ações das empresas e, ao ver que muitas vezes elas são apenas retórica, ele fica decepcionado. Há um gap muito grande entre o que ele espera e o que fazem efetivamente as empresas”, ressalta Ricardo Voltolini (foto), jornalista e publisher da revista Ideia Socioambiental, em entrevista ao Mundo do Marketing.

De olho na gestão do negócio e nas tecnologias
Não é só na gôndola dos supermercados que o consumidor faz valer o seu papel. A segunda tendência pesquisada pelo dossiê mostra que eles estão mais atentos à forma como as empresas estão trabalhando as questões socioambientais na gestão do negócio. Não adianta investir em projetos sociais voltados para as comunidades e descuidar de suas ações internas. “É preciso apostar na ética. Hoje em dia o conceito evoluiu e não adianta uma empresa ter um projeto social e continuar poluindo. Estamos mais atentos a tudo isso e mais criteriosos também”, resume Voltolini.

As tecnologias estão ajudando a acelerar o processo de adoção do consumo consciente. Nos Estados Unidos, uma ferramenta chamada GoodGuide tem revolucionado o dia a dia dos norte-americanos no supermercado. O aplicativo, que pode ser posto no telefone celular, informa rapidamente ao comprador todos os dados socioambientais do produto na medida em que tem acesso a seu código de barras. Assim, o consumidor saberá se o item pesquisado pode vir a causar danos à saúde ou se há algo ilegal em sua cadeia produtiva, como uso de trabalho escravo. Tudo isso em questão de segundos.

“Ferramentas como essa vão revolucionar porque trazem a informação instantaneamente. Quando compramos, precisamos de dados claros, rápidos e objetivos. Vamos entrar em um tempo de transparência radical e nós, geralmente, não temos parâmetros para avaliar se um produto é legal ou não em relação ao cuidado com o meio ambiente e com as pessoas. O exercício do consumo consciente induzirá as empresas a mudarem aqui no Brasil também”, diz o jornalista.

Consumo excessivo vira fator de exclusão
As redes sociais, tais como Twitter, Facebook e Orkut, também são grandes canais onde a lógica do ‘comprar excessivamente’ tem sido posta em xeque. Há muitos movimentos pró-consumo nessas ferramentas, mas o que foi observado no dossiê é que também há ações sendo feitas no sentido de despertar um comportamento mais consciente.

“Detectamos que o consumo excessivo já não é visto com bons olhos. As pessoas estão começando a prestar atenção na geração de resíduos e a pensar nas necessidades de realizar ou não uma compra. O mundo pede que sejamos mais rápidos e, com isso, temos de recorrer a alternativas que possam corresponder a essa rapidez. Embora a tecnologia nos ajude, ela também nos induz a uma obsolescência forçada”, diz Luís Bouabci, especialista em rede da MobConsult.

Smartmobs e geração mais colaborativa
A mobilização via tecnologias tem sido uma tônica nos últimos anos. Um exemplo disso foi o que ocorreu na Espanha, após o atentado na estação de Atocha, em 2004. Vários espanhóis enviaram mensagens via SMS para que todos se reunissem em favor dos mortos. Nessas mensagens, a repetição da palavra “pásalo” (repasse) tornou-se um ícone. O resultado veio dias depois, quando as pessoas se reuniram de maneira espontânea para protestar contra o governo por ter ocultado dados sobre a verdadeira causa do atentado. Os mobs são uma maneira inteligente, segundo Bouabci, de expandir os conceitos e ajudar na difusão de um pensamento mais consciente de consumo.

Além disso, a geração atual, mais ligada na internet e em tecnologias, está crescendo em um ambiente colaborativo. “Troca de dados e mensagens, fóruns e redes de discussão já estão na ordem do dia. O melhor exemplo disso é o Linux e o Mozilla Firefox. Diferentemente da geração que tem 30, 40 anos, os jovens de hoje estão mais dispostos a compartilhar ideias e trabalhar em conjunto”, conta Bouabci.

Mídia tem papel essencial
Grande parte dos fabricantes ainda não investe na transparência quando o assunto é rotulagem de produtos. Embora o Brasil ainda apresente uma alta taxa de analfabetismo funcional, a tendência é que o consumidor busque mais informações nos rótulos e siga o que está sendo observado no mundo. A mídia, nesse ponto, tem um papel importante para fazer valer essas mudanças.

“O que se vê hoje em dia é que os profissionais de comunicação têm uma grande dificuldade para entender essas questões socioambientais e passá-las por meio de uma ação, de uma reportagem ou de uma campanha. Esse dossiê tem o objetivo de trazer informações para que eles possam entrar em contato com uma comunicação mais consciente e entendê-la melhor”, diz Paula Faria, idealizadora do portal UnoMarketing, em entrevista ao site.

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segunda-feira, 8 de março de 2010

Funcionamento da Decisão de Compra

Para completar a postagem anterior, segue link para uma entrevista publicada pela Revista HSM Management (Janeiro/Fevereiro de 2010 HSM Global) e agora no Mundo do Marketing por meio de parceria que os dois veículos mantêm.

Martin Lindstrom detalha o neuromarketing
Autor do best-seller A Lógica do Consumo explica o que é exatamente o neuromarketing e suas aplicações.

Até mais!

O Poder da Embalagem na Decisão de Compra

Inicio a semana com uma postagem referente à embalagens. Ao ler lembrei da última aula do professor Eduardo quando comentou sobre as embalagens, sobre o teste feito com o sabão em pó, etc. O artigo é legal, pois abre nossos olhos a detalhes que não estamos integralmente atentos. Boa leitura!

Um futuro com mais embalagens
Por Fabio Mestriner*

Tendências são vetores que direcionam o futuro. Entender como as coisas estão se desenvolvendo e para onde elas se dirigem é um exercício importante para qualquer estratégia de empresa. Todos sabem a importância que a embalagem tem para os produtos de consumo, e porque é muito importante conhecer as tendências que afetam esta ferramenta de competitividade. Fiz uma palestra sobre o tema e, como não repito apresentações, precisei estudar novamente o assunto para me preparar. O que apresento a seguir, é uma pequena reflexão sobre este estudo recente.

Tendências são identificadas a partir da observação dos vetores que estão determinando a atividade no setor, enxergar o futuro por outro lado, exige método e visão diferenciada para não ficar repetindo o óbvio e apontando o que todo mundo já sabe. Por ser um fator decisivo no novo cenário competitivo, a embalagem merece atenção especial. Ela é resultado da ação de um sistema complexo e multidisciplinar que envolve tecnologia, marketing, design, comportamento do consumidor, logística de distribuição, varejo, reciclagem e meio ambiente. Por isso mesmo, prever e identificar as tendências relativas a embalagem não é uma tarefa fácil.

Em primeiro lugar, precisamos lembrar que o futuro é filho do presente e neto do futuro. Se desejamos enxergar o futuro, primeiro precisamos olhar o que está ocorrendo no presente e entender o que aconteceu no passado e perdura até os nossos dias. O consumidor tem algumas necessidades que não mudam com o passar do tempo e elas devem ser os pilares que sustentam qualquer projeção. Antes de ser um ser que consome, o consumidor é um ser humano, assim, sabemos, por exemplo, que precisamos tomar quase 2 litros de água por dia. A partir disso podemos especular se no futuro as pessoas tomarão mais água da torneira ou água embalada? A Nestlé, líder mundial em Água Mineral, deve acreditar que o consumidor vai tomar mais água embalada e, baseado nos estudos que fiz, eu também.

Vocês acham que no futuro as mulheres vão ficar mais tempo no fogão cuidando das panelas ou vão comprar alimentos prontos? Alimentos prontos já representam 52% dos alimentos consumidos pelos americanos e no Brasil, 73% dos alimentos consumidos já são industrializados e embalados. Quando acrescentamos a estas conclusões iniciais a informação sobre o crescimento continuo da população mundial, a urbanização acelerada por que passam as populações e o aumento da expectativa de vida das pessoas, concluímos que no futuro haverá mais embalagens!

Resta-nos então, olhar para os vetores que estão fazendo com que alguns tipos de embalagem tenham maior expectativa de crescimento por estarem em sintonia com os drivers de consumo do momento. Segundo o Laboratório de Monitoramento Global de Embalagem da ESPM que monitora os lançamentos de embalagem no mundo em tempo real, sete entre as dez categorias que mais lançaram embalagens no último ano são cosméticos destinados a promoção da beleza e da melhor apresentação da mulher. A proeminência da mulher na sociedade atual é sem dúvida o principal vetor que devemos observar.

A disparada do food service e da alimentação fora do lar se deve a sua saída de casa para estudar, trabalhar e atuar nas mais diferentes atividades. No Brasil de hoje, dois em cada três estudantes que saem formados da universidade são mulheres. O outro driver que serve de base para o estudo de tendências, é o “consumidor em movimento”. Por ter jornada estendida, trabalhar e estudar a noite fazendo MBA, Pós, Mestrado etc. Por ter que fazer exercícios e frequentar academias, estudar línguas, e outros cursos de especialização necessários a sua empregabilidade, as pessoas precisam de alimentos e produtos com as seguintes características: Produtos portáteis, que durem mais, que sejam mais rápidos para o preparo ou preferencialmente, que sejam instantâneos e cujos benefícios sejam claros e efetivos. Não há mais espaço para dúvidas ou produtos que não atendem as exigências do momento.

Os biscoitos são os alimentos mais lançados no mundo e também no Brasil. O biscoito em embalagem porcionada e a barrinha de cereais se tornaram obrigatórios no kit de sobrevivência urbana. As embalagens por sua parte precisam responder a estas demandas e por isso mesmo estamos assistindo ao crescimento das embalagens flexíveis que são leves e portáteis e das embalagens estáveis que conservam os alimentos sem refrigeração. O Stand-up Pouch retortable que conserva os alimentos a temperatura ambiente, a nova lata que pode ser levada ao microondas e a comida pronta também para aquecimento em microondas são tendência.

Embalagens ativas que aquecem o conteúdo quando abertas vem ganhando maior representação e embalagens inteligentes que informam por exemplo se o produto está na temperatura certa para consumo ou se foi descongelado também devem crescer no futuro. Por outro lado, quanto mais embalagens são produzidas, maior seu impacto no meio ambiente, o que tem gerado preocupação ambiental crescente. As embalagens Refil, as que são produzidas com novos materiais de fontes renováveis e as que são produzidas com materiais reciclados devem crescer bastante nos próximos anos.

A conexão da embalagem com o modo de vida do consumidor deve estar na pauta das preocupações estratégicas das empresas, pois a embalagem existe para atender as necessidades e anseios da sociedade e com ela evolui. Aquilo que as pessoas precisam e aquilo que elas almejam vai mudando de forma, mas não de essência. Por isso, no futuro haverá mais embalagens...

* Fabio Mestriner é Professor e Coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem ESPM, Professor do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de embalagem MAUÁ, Coordenador do Comitê de Estudos Estratégicos da ABRE e Autor dos livros Design de Embalagem Curso Avançado e Gestão Estratégica de Embalagem. www.embalagem.espm.br

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sábado, 6 de março de 2010

Criança - Um Consumidor em Desenvolvimento

Encontrei um artigo sobre educação financeira infatil. As crianças são, de fato, consumidores em desenvolvimento. É importante estar atento a essa nova geração.

Educação Financeira Infantil
Por Cybele Meyer

Numa época em que o consumismo é estimulado através dos diferentes meios de comunicação e o “ter” faz parte do cotidiano das crianças é impossível deixar de acompanhar as consequências relacionadas aos excessos destas ações originando a obesidade infantil, a erotização precoce, a agressividade, os vícios, os maus hábitos dentre tantas.

A criança é um consumidor em desenvolvimento e os pais e professores precisam se preocupar com as orientações dadas para que se torne um adulto consumidor consciente.

A Educação Financeira já integra o currículo de algumas escolas, pois, segundo estatísticas a criança influencia 80% das decisões de compra da sua família. Ela opina na compra do carro, dos eletrodomésticos, do supermercado, das roupas e assim por diante. A televisão é um forte veículo de estímulo ao consumo, ainda mais em razão de a criança passar em média quatro horas e 50 minutos por dia (IBOPE 2007) assistindo a programação televisiva, mas não é o único, pois os produtos que utilizam como chamada os personagens famosos e super-heróis estão entre os demais.

A educação financeira tem que ser ministrada desde a infância para que as crianças cresçam sabendo e aprendendo que tudo tem um preço, um valor. É importante também que elas tenham consciência do quanto custa ganhar o dinheiro. Somente assim poderão usar adequadamente o dinheiro dos pais, a sua mesada ou o salário para o caso dos adultos.

É justamente em razão do consumismo excessivo que diferentes setores estão se engajando em promover a Educação Financeira tanto para jovens e adultos quanto para crianças. Receber estes conceitos quando se está em formação é quesito fundamental para que se tenha um adulto consumidor consciente.

Maurício de Souza foi um dos que aceitou este novo desafio e agora no dia 13 de março lança a revista “Turma da Mônica em Superendividados” também em comemoração aos 20 anos do Código do Consumidor com parceria com a Universidade Metodista de São Paulo entre outras.

A revista enfocará fatos cotidianos como o exemplo da Magali que encheu seu carrinho de supermercado com supérfluos e seu pai, mesmo levando o maior susto, concorda em pagar, porém quando chega no caixa... (final da história no gibi).

Serão distribuídos gratuitamente cerca de 200 mil exemplares e se você quiser conseguir o seu pode acessar o site http://www.sosconsumidorsp.com/ para saber o que deve fazer.

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Fenômenos Sociais nos Negócios - Charlene Li (livro e entrevista)

Estou lendo o livro Fenômenos Sociais nos Negócios - Charlene Li e Josh Bernoff. O livro é excelente, eu indico. Mas, não estou aqui para falar especificamente do livro, quero postar uma entrevista que a revista ISTOÉ Dinheiro fez com a bela. A moça não é fraca. É especialista em mídia social e fundadora do Altimeter Group. Conheci ela ao ler esta matéria.


O Livro:
Fenômenos Sociais nos Negócios - Vença em um Mundo Transformado Pelas Redes Sociais
Autor: Bernoff, Josh; Li, Charlene
Editora: Campus
Preço: de R$ 60,00 à R$ 80,00.
Sinopse (Saraiva): Fenômenos sociais nos negócios se baseia em dados reais sobre consumidores e experiência com dezenas de empresas. Você verá como os profissionais de marketing da Procter & Gamble provaram que o marketing sutil em uma comunidade foi quatro vezes mais eficaz do que a televisão, como a Best Buy aproveita a inteligência de seus mais de mil funcionários dentro de suas redes sociais, como a Dell se transformou quando incluiu a inteligência de seus consumidores em quase todos os seus departamentos e como uma vinícola sul-africana multiplicou suas vendas por 10 quando explorou o poder de blogueiros, YouTube, Facebook e todas as outras ferramentas do arsenal da tecnologia social. Você não pode ignorar essa tendência. Leia Fenômenos sociais nos negócios e aprenda como surfar nessa onda. Não há caminho de volta.


Agora sim, segue a entrevista com a poderosa na revista ISTOÉ Dinheiro.
 
"Não subestimem as redes sociais."
Charlene Li, especialista em mídia social e fundadora do Altimeter Group.
Por Bruno Galo
 
Muitas companhias já estão usando as mídias sociais para se relacionar com os consumidores. Mas nem todas da forma correta. Mais um motivo para ouvir o que Charlene Li, uma das maiores especialistas nesta inevitável, mas também perigosa, relação com a internet, tem a amedizer. Em 2009, ela foi apontada pela revista norte-americana Fast Company como uma das mulheres mais influentes na área de tecnologia. É coautora do livro Groundswell: Fenômenos sociais nos negócios, um manual repleto de dicas, exemplos e estatísticas para o bom uso das mídias sociais nos negócios. Ela, que é fundadora do Altimeter Group, especializada em estratégias online, vem ao Brasil falar para mais de 500 executivos em seminário da HSM no final de março. Em entrevista exclusiva à DINHEIRO, Charlene explica por que os empresários não devem subestimar as redes sociais.

Dinheiro - O que a sra. quer dizer com a expressão "groundswell" (ground-swell, em inglês, quer dizer algo como "forte e profunda ondulação no oceano" ou "repentina acumulação de forças")?

Charlene Li - O groundswell é um movimento espontâneo de pessoas que conseguem o que precisam umas das outras graças às novas tecnologias, como as redes sociais, em vez de irem atrás de empresas, instituições ou governos. Quando nos juntamos online, uma grande força, que é muito difícil de ser parada, se forma. Não víamos isso no passado.

Dinheiro - Mas por que as empresas devem prestar atenção ao "groundswell"?

Charlene - Não se trata apenas da multidão envolvida, mas da possibilidade realmente assustadora de que algum concorrente entenda este fenômeno primeiro e se aproveite dele de uma forma melhor e mais rápida. Mas esta não é a única ameaça. Outra tendência é de que pessoas conectadas e trabalhando de forma colaborativa já podem hoje concorrer com as empresas. E haverá cada vez mais produtos criados dessa maneira que competem com os produzidos pelas grandes empresas. Tudo isso pode ser uma ameaça ou uma oportunidade para as corporações. E para isso ser uma oportunidade é preciso compreendê-la.

Dinheiro - Qual a importância das redes sociais para os negócios?

Charlene - Essencial. E há muitas maneiras de usá-las a favor dos negócios, como divulgação e para estreitar relacionamentos. O que está acontecendo afeta, sobretudo, a maneira como as pessoas conversam umas com as outras. Elas compartilham suas opiniões sobre produtos e marcas. Mesmo os funcionários podem estar falando de suas empresas. Há muitas formas diferentes de redes sociais. Mas seja você uma pequena empresa, seja uma grande companhia, precisa aprender a lidar com as mídias sociais.

Dinheiro - O que vem primeiro: as pessoas ou a tecnologia?

Charlene - As pessoas, sem dúvida. A tecnologia só tem sentido se ela servir para que nos conectemos. Seja lá o que você ou sua empresa queiram, a tecnologia pode ajudar a conseguir. No livro, proponho um método de quatro etapas para desenvolver estratégias online, que chamamos de Post (acrônimo em inglês de pessoas, objetivos, estratégia e tecnologia). Primeiro, descubra como as pessoas com as quais quer se comunicar usam a tecnologia. Depois, estabeleça os objetivos, como impulsionar o marketing online. A terceira etapa é identificar de que maneira você quer mudar as relações com os clientes. Quer que eles estejam mais comprometidos com a empresa ou prefere que difundam mensagens entre seus conhecidos? Responder a essa pergunta ajuda a planejar a estratégia e medir seus avanços. Por último, vem a tecnologia. Por exemplo: a equipe de marketing da P&G criou uma comunidade no site beinggirl.com, depois de avaliar que meninas entre 12 e 15 anos visitam redes sociais. Assim, conseguiu atingir um público difícil de ser envolvido pelas campanhas tradicionais.

Dinheiro - Toda empresa precisa ter um blog ou uma conta no Twitter?

Charlene - Absolutamente não. Muitas companhias não necessitam ter um blog ou estar em uma rede social. O segredo está em identificar a ferramenta correta, o que vai depender do público com quem você quer falar e do claro entendimento dos objetivos dessa relação. Mas todas as empresas precisam, ao menos, estar atentas ao que as pessoas estão fazendo e dizendo em seus blogs ou perfis do Twitter. Mudar o seu posicionamento e a sua relação pode ser algo muito difícil. Por isso, comece com um plano modesto, mas com potencial de crescimento.

Dinheiro - Qual o canal mais eficiente para se desenvolver uma marca?

Charlene - Entendo que não se trata de um único canal. Alguém pode dizer: "Tenha um blog, essa é a solução. Afinal, todo mundo tem um blog." Isso não é uma verdade absoluta. O seu caminho talvez passe por um blog, mas talvez passe por uma rede social, se uma boa quantidade de consumidores a estiver usando. No final, tudo depende da relação que as pessoas querem estabelecer. Então, se você está falando em desenvolver a sua marca não há um único caminho. A melhor forma de olhar para isto é pensar em quem quero atingir: são os meus clientes, meus funcionários, meus parceiros ou todos os três?

Dinheiro - Mas como os executivos que desejam estabelecer um canal de comunicação com os seus clientes e consumidores devem agir?

Charlene - Neste caso, a primeira questão a ser respondida é: por que um executivo quer estabelecer um relacionamento com o público? Qual o tipo de relação que ele deseja criar? Clientes, consumidores e a audiência em geral precisam e querem entender qual o motivo para a sua presença online. É por que você quer me vender alguma coisa? Ou então por que você quer saber a nossa opinião sobre algo? Entendo que um objetivo claro é o primeiro passo para um bom canal de comunicação.

Dinheiro - A sra. pode contar um exemplo de uma grande companhia que soube responder de forma efetiva a uma grave crise online?

Charlene - Sim, há muitos exemplos no livro, mas destaco um episódio envolvendo a Johnson & Johnson, que não está lá. Ela criou uma campanha voltada para as mães para divulgar uma linha de remédios para dores musculares. De repente, quase dois meses depois, um monte de gente em blogs e no Twitter começou a protestar. A campanha foi acusada de usar um tom impróprio para divulgar o remédio para mães que carregam seus bebês em suportes junto ao corpo. A peça trazia uma série de frases que tentavam se conectar com as mães ressaltando as dores causadas pelo ato de se carregar uma criança e mostrava o remédio como solução para elas. Alguns críticos notaram que a peça tratava os bebês como acessórios. "Vestir seu bebê parece estar na moda" era a frase que abria um dos vídeos. Em 48 horas, a Johnson & Johnson tirou a campanha do ar e a vice-presidente de marketing da companhia começou a se desculpar com blogueiros pessoalmente. A Johnson & Johnson foi hábil em lidar com essa crise e falar com a imprensa, criando inclusive o seu próprio blog para tratar do assunto. Paralelamente, a empresa encontrou mães que haviam usado o produto e estavam dispostas a dar os seus testemunhos sobre os efeitos positivos do tratamento. Logo, a empresa colocou alguns vídeos no YouTube com depoimentos dessas mães. Essa virada, é claro, só foi possível porque ela já tinha construído previamente sua credibilidade junto ao público. O melhor dos mundos, no entanto, é quando você consegue criar uma relação tão forte com uma parcela do público que ela mesma defenda você.

Dinheiro - Qual a importância de ouvir nas redes sociais?

Charlene - Total. Só assim você pode se antecipar ou ao menos ter conhecimento de uma crise que pode estar se formando. Empresas como a HP e Dell não costumam esperar que o consumidor ligue para a empresa para reclamar de alguma coisa. Ao primeiro sinal, elas costumam entrar em contato com os clientes insatisfeitos em seus blogs ou no Twitter e perguntam: "O que está acontecendo? Como posso lhe ajudá-lo?" Isso é algo que você não poderia fazer no passado. E essa é a forma mais proativa que uma empresa que presta um serviço pode agir. Além disso, a relação que se estabelece entre cliente e empresa é outra.

Dinheiro - Nos últimos anos vimos a ascensão da web 2.0 e das redes sociais. O que a sra. espera para os próximos anos?

Charlene - A internet vai se tornar cada vez mais móvel e interligada, quase tudo que você precisa fazer conseguirá pelo telefone. Dessa forma, poderemos estar conectados a qualquer hora e em qualquer lugar. E as redes sociais vão estar em toda parte. Elas vão se tornar como ar. Estaremos sempre conectados, mas precisamos manter um equilíbrio, não devemos nos tornar escravos da tecnologia. E é assim que lido com ela.

Dinheiro - Qual a sua principal mensagem para os executivos brasileiros?

Charlene - Não subestimem as redes sociais. As comunidades online que você usa na sua vida pessoal, como passatempo, podem e devem ser usadas no seu trabalho, para que a empresa em que você trabalha possa atingir seus objetivos. As companhias que conseguem fazer isso bem estabelecem uma relação de confiança com o público, mas o controle é relativo. A principal razão para muitas empresas não participarem dessa revolução é que elas temem não estar no controle do que as pessoas vão dizer. E o meu ponto é que tudo isso não vai embora de uma hora para outra. Então é preciso aprender a lidar com isso e, se possível, tirar proveito desse movimento.

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