segunda-feira, 19 de abril de 2010

Consumidor Virtual - Formador de Opinião

Na internet, consumidor forma sua opinião. E pode até mudar de ideia.

Mais de 90% dos internautas pesquisam na web antes de comprar um produto ou contratar um serviço. Este é um dos números de estudo divulgado pela empresa de pesquisas TNS Research International. E a influência do consumidor no processo de compra não para por aí.

O boca-a-boca digital marca a sua presença: 76% dos entrevistados procuram dados em fóruns ou blogs, 50% deles já chegaram a mudar sua opinião sobre uma compra ao encontrarem uma opinião negativa e 28% fecharam a negociação baseados no relato de outros consumidores.

No relatório, intitulado “Decodificando as Necessidades Digitais”, a TNS alerta que a internet é um espaço cada vez mais estratégico na ampliação de visibilidade de empresas e marcas. Ao mesmo tempo, constata que muitas companhias não sabem como atuar junto aos consumidores da web.

Realizada em janeiro, a pesquisa entrevistou mil usuários da web de ambos os sexos, com idade de 16 a 35 anos, residentes nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Salvador (BA).

E-commerce no radar

Segundo o levantamento, o porcentual dos que usam a internet para pesquisar sobre produtos e serviços antes de comprar ou contratar é de 92%. Para estes, as principais fontes são os sites de e-commerce e os serviços de comparação de preços na web.

O uso prioritário da rede para visualização de e-mails faz parte do perfil de 99% dos entrevistados, seguido pelo uso de redes sociais (93%) e serviços de mensagens instantâneas (92%).

Os dados da TNS Research ajudam a entender as principais atividades dos internautas em cada um dos principais segmentos de interação online (blogs, sites, fóruns, redes sociais e entretenimento) e quais são as implicações disso para o setor de marketing.

O uso das redes sociais como veículo para compartilhar de informações (43%), por exemplo, pode ser explorada por campanhas de marketing viral. É o caso da campanha de lançamento da operadora Aeiou: em 2008, a empresa gravou um vídeo promocional com algumas figuras populares do YouTube.

Interessados em divulgar a nova aparição de cada um dos personagens, anteriormente conhecidos por alguma situação interessante ou engraçada, os próprios internautas divulgaram entre si a marca da empresa.

Para as companhias que querem explorar esse potencial, a gerente da área de consumo da TNS, Ana Sequeira, avisa: a interação da empresa com a comunidade online deve ser sutil e não invasiva.

Fonte

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O Raio X do Consumidor Brasileiro

Como muitos sabem, estive afastada do blog por motivos profissionais. Estava em São Paulo, em viagem pela empresa e retornei na última quarta-feira, dia 07/04.
Desejo, com atraso, uma Feliz Páscoa e com prévia um ótimo final de semana a todos que visitam o blog.

O Raio X do Consumidor Brasileiro
Por Marcelo Brandão

Pelo 5° ano seguido o consumidor brasileiro foi alvo do Observador, uma pesquisa que mensura o consumo do cidadão. Nesta edição – que apresentou a avaliação do ano de 2009 - o destaque foi a retomada do consumo e o aumento do otimismo da classe C em relação aos anos anteriores, e a introdução de um novo capítulo sobre consumo responsável.

Criado há mais de 20 anos na França e presente em 13 países, o Observador tornou-se o barômetro do consumo ao longo do tempo. Trata-se de uma ampla pesquisa da Cetelem (financeira do grupo francês BNP Paribas) em conjunto com a Ipsos.

Na manhã de 6 de abril, na sala Amazônia do Hotel Renascence, em São Paulo, a imprensa da capital foi convidada para a apresentação da 5° edição do projeto. Na linha de frente dos bens consumidos encontramos a alimentação, o vestuário e a moradia - requisitos básicos e indispensáveis.

O avanço da classe C, também foi um dos destaques da pesquisa, com a entrada de 20 milhões de pessoas nesta classe. “Percebemos um grande aumento na renovação de bens como eletrodomésticos, móveis e também um avanço na categoria de lazer e viagens”, aponta Marcos Etchegoyen, diretor geral da Cetelen.

“São reflexos de alguns fatores que fizeram aumentar a renda do brasileiro, como o aumento de emprego, inclusive o contrato de não assalariados”, concluí o diretor.

O projeto

O público entrevistado foi de 16 anos ou mais e representa 73% da população total do País. Foram feitas 1.500 entrevistas domiciliares em 70 cidades, entre elas, as 9 regiões metropolitanas do Brasil.

Renda

De maneira geral, a distribuição da população por classes de consumo se manteve estável de 2008 para 2009. Nos últimos 5 anos a classe C cresceu 15 pontos percentuais; enquanto as classes DE decresceram 16 pontos percentuais. As classes AB permaneceram estáveis em todos os anos.

Internet e consumo

A grande tendência da internet como fonte de consulta para a compra de quase todos os itens pesquisados - principalmente eletrodomésticos e itens de lazer/viagem - foi um dado que chamou a atenção dos pesquisadores.

A renda familiar média de quem utiliza a internet para estes fim é de R$ 2.130,00, já entre os que não a utilizam é de R$ 1.488,88.

Consumo consciente

Em parceria com o instituto Akatu (instituição focada na mudança de comportamento do consumidor) o Observador, pela primeira vez, classificou essa categoria de consumidor dividindo-a em 4 perfis: Indiferentes, Iniciantes, Comprometidos e Conscientes.

A definição dos grupos é feita por uma bateria de 13 comportamentos de consumo, que vão desde o hábito de evitar deixar as lâmpadas acesas em ambientes desocupados, até apresentar queixa a algum órgão de defesa do consumidor.

Esta parte do estudo revelou que a maioria, 65%, são Iniciantes (aqueles que adotam entre 3 a 7 comportamentos), enquanto que apenas 4% são consumidores Conscientes (que adotam de 11 a 13 comportamentos).

A surpresa ficou por conta dos Comprometidos (aqueles que adotam de 8 a 10 comportamentos) revelando que as mulheres são a maioria neste grupo.

Evolução

Nos dados evolutivos a pesquisa detectou uma grande estabilidade do consumidor, destacando um aumento geral na segurança para financiamentos.

Dentro da pesquisa a palavra otimismo foi escolhida pela grande maioria para definir o futuro, confirmando uma das principais características dos brasileiros. Porém, vale lembrar que a pesquisa foi realizada no final do ano de 2009, o que inevitavelmente, seria uma época permeada por este sentimento.

Fonte